Secretário tenta encerrar o problema sem manifestar opinião e tentando desqualificar as acusações, que ganham cada vez mais corpo nos meios jurídicos, policiais e judiciais
Não é fácil a situação do secretário de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela.
Apontado como cabeça e um esquema de espionagem de membros do Judiciário, políticos, empresários e até gente da própria polícia, ele vai se enredando cada vez mais na teia.
E o silêncio que ele mantém – com poucos ou nenhum esclarecimento das denúncias – só vai piorando sua situação.
Portela é acusado de manipular inquéritos, direcionar investigações e espionar autoridades e adversários do governador Flávio Dino (PCdoB), além de acobertar investigados ligados ao governo.
E não é nenhum desqualificado a fazer a denúncia.
As acusações são feitas pública e oficialmente por ninguém menos que o ex-Superintendente de Investigações Criminais (Seic), Thiago Bardal, e pelo chefe do departamento contra crime organizado, Ney Anderson Gaspar.
Dois delegados de polícia homenageados pelo próprio governo comunista e até pouco tempo atrás tidos como homens de confiança do próprio secretário.
O silêncio acuado de Jefferson Portela só encontra paralelo em outro silêncio, o do Ministério Público.
Mas este, o Ministério Público, não vai acordar por um bom tempo ainda…