Assalto em Bacabal rendeu R$ 100 milhões aos criminosos…

Algo em torno de R$ 4 milhões foram deixados de propósito pelos bandidos espalhados dentro e fora do banco, envolvendo a população e confundindo a polícia, que ainda não tem notícias dos assaltantes

 

Abordada por policial, uma das moradoras de Bacabal é obrigada a devolver dinheiro que havia escondido na roupa

Foi estrategicamente planejada a ação da quadrilha que explodiu uma agência do Banco do Brasil em Bacabal, na noite do último domingo, 25.

Sabendo exatamente o que queriam os bandidos arrombaram com maçarico os cofres onde estavam cerca de R$ 100 milhões, embora o secretário Jefferson Portela diga ser especulação este valor.

Do total, cerca de R$ 4 milhões foram espalhados pela agência e até na rua, despertando a cobiça da população e confundindo a polícia. (Entenda aqui)

Do total deixado estrategicamente para trás, a polícia conseguiu recuperar cerca de R$ 3 milhões, mas sabe que ainda há quase R$ 1 milhão escondidos em Bacabal.

Com os bandidos, sumiram mais de R$ 90 milhões.

O maior assalto a banco já realizado no Maranhão mostrou a fragilidade do Sistema de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.

Parte do dinheiro deixado pelos ladrões espalhados próximo ao banco atraiu a população e atrapalhou a ação policial

Até pela sofisticação da operação – realizada em plena noite de domingo, às vésperas de pagamentos de servidores públicos estaduais e de várias prefeituras – tudo indica que os bandidos vinham há meses estudando a rotina policial e bancária em Bacabal, que serve de polo financeiro para a região.

Nestes casos – pelo que se vê em enredo de filmes – até a baixa de alguns bandidos entra no planejamento, como, de fato, ocorreu em Bacabal.

A polícia maranhense acusa o Banco do Brasil de favorecer a operação criminosa ao não informar a movimentação atípica da quantia milionária na região.

O banco, por sua vez, diz apenas que está colaborando com as investigações.

E até agora nem sinal dos criminosos e da maior parte da fortuna roubada…

Marco Aurélio D'Eça