Governador que diz apoiar o candidato do ex-presidente Lula decidiu parar de bater no capitão do PSL – que o considera um atraso no Maranhão – para tentar manter os eleitores bolsonaristas
Cínico do ponto de vista político – a ponto de se abraçar com Aécio Neves (PSDB) e beijar Dilma Rousseff (PT) na mesma eleição – o governador Flávio Dino (PCdoB) está executando o seu estilo furta-cor de alianças neste primeiro turno.
De uma hora para outra, o comunista parou de se referir ao candidato do PSL a presidência Jair Bolsonaro.
Deixou de dar entrevistas na imprensa nacional, tirou a corrida presidencial de seu programa eleitoral e determinou aos seus aliados na imprensa que silenciem sobre a polarização entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro.
Objetivo: manter os votos dos bolsonaristas, que, em sua maioria, apoiam sua candidatura.
Até semana passada, Flávio Dino usava Lula diariamente em sua campanha, apresentava-se como aliado de Haddad e classificava Bolsonaro de atraso para o Brasil.
Mas desde que seus analistas passaram a apontar o risco de que a candidata Maura Jorge poderia se beneficiar da ascensão do capitão da reserva do Exército, Dino simplesmente virou as costas para Haddad e passou a ignorar a sucessão presidencial.
Ele sabe, no entanto, que dificilmente terá vida fácil num eventual governo Bolsonaro.
O candidato do PSL odeia a esquerda e, sobretudo, o comunismo.
E já defendeu que o Maranhão “precisa se livrar do comunista Flávio Dino”…
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