Filho de ex-governador, com a infância passada no Palácio dos Leões, candidato do PSDB ao governo tem perfil aristocrata mantido pelas próprias circunstâncias; e a cada vez que tenta vender uma imagem de popular, acaba virando caricatura de si mesmo
Editorial
O ar professoral e metódico é uma característica do perfil do senador Roberto Rocha (PSDB), qualquer que seja o interlocutor perguntado.
Filho de ex-governador, ele passou a infância no Palácio dos Leões e sempre teve posses para estudar bem, viver bem, viajar bem e morar bem.
Soa, portanto, caricatural a tentativa do tucano de parecer popular, afeito às questões mais básicas da população, apenas em períodos eleitorais.
A imagem divulgada esta semana, em que Roberto Rocha aparece comendo uma “pratada de mocotó” – ao lado dos também tucanos Waldir Maranhão e Wellington do Curso – soa tão artificial quanto aquela do governador Flávio Dino (PCdoB) batendo matraca com chapéu de boiero em pleno carnaval. (Relembre aqui)
E soa artificial não porque Rocha não possa comer um mocotó – pelo contrário, recomenda-se sempre! -, mas pelo fato de ele próprio cultivar uma imagem tradicionalista durante todos os anos de sua vida, beirando o popularesco em épocas de eleição.
Mas parece estar sendo uma rotina na agenda eleitoral do tucano a divulgação de imagens equivocadas e fora de contexto.
O que dizer da foto ao lado de Alckimin e dos demais tucanos, paramentados de patriotas canarinhos justamente no dia em que a seleção brasileira foi eliminada da Copa da Rússia pela Bélgica?
Roberto Rocha é um dos principais candidatos a governador no Maranhão, não se pode negar, mas precisa corrigir o timming e a oportunidade de suas divulgações.
Para não cair no ridículo ou virar caricatura.
Simples assim…