Após escândalo da farra de nomeações de padres e pastores em troca de apoio eleitoral, líderes religiosos começam a deixar os cargos, pressionados por suas igrejas, numa espécie de confissão e culpa da troca de favores que passou a reinar no segmento evangélico
Trata-se de uma confissão de culpa a exoneração dos capelães nomeados sem concurso pelo governador Flávio Dino (PCdoB) na estrutura da Segurança Pública.
Após o escândalo dessas nomeações – em troca de apoio político nas igrejas – pastores e padres que haviam negociado a ocupação de postos na Polícia Militar, no Corpo de Bombeiros e na Secretaria Penitenciária resolveram entregar os cargos.
Foram exonerados nos últimos dias os capelães Venino Aragão de Sousa, que past0or evangélico e estava nomeado na Secretaria de Administração Penitenciária, e o padre Moises Pereira Dias.
Mas a exoneração não livra Flávio Dino de responder por crime eleitoral e improbidade administrativa, o que pode levá-lo à perda do mandato.
Mesmo porque, as exonerações estão sendo substituídas por outras nomeações, tão criminosas quanto as primeiras.
A farra dos capelães foi denunciada por este blog ainda em 2017, e ganhou corpo na imprensa nos últimos meses, com a nomeação de inúmeros pastores evangélicos em troca de apoio a Dino nas igrejas. (Relembre aqui)
O escândalo manchou a reputação, sobretudo dos líderes da Assembleia de Deus, e foi denunciado à Justiça e ao Ministério Público Eleitoral. (Entenda aqui, aqui e aqui)
E pode levar à cassação do governador…