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José Reinaldo e a ingratidão de Flávio Dino e Roberto Rocha…

Tentativa do senador tucano de defenestrar o ex-governador da disputa pelo Senado – mesmo sabendo de seu posicionamento antes mesmo da entrada no PSDB – repete o gesto do comunista, que se utilizou da experiência reinaldista para chegar ao poder e o traiu fragorosamente

 

José Reinaldo e Flávio Dino: afastamento depois de o comunista usufruir do ex-governador

 

O governador Flávio Dino (PCdoB) chegou onde chegou por obra e graça do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB).

Foi Tavares quem o inventou como político, fez dele deputado federal, candidato a prefeito de São Luís, impôs sua candidatura ao governo em 2010 e abriu mão, de novo, da disputa pelo Senado, para elegê-lo em 2014.

Como retribuição, Flávio Dino humilhou o ex-governador, alijando-o da disputa pelo Senado justamente quando as chances eram maiores.

Uma traição sem precedentes, portanto.

 

Com Rocha, a relação de Tavares nunca foi próxima; mas o tucano sempre soube do posicionamento do ex-governador

O tucano Roberto Rocha é senador também com a contribuição decisiva de José Reinaldo, que abriu mão da própria candidatura, em 2014, para viabilizar a aliança entre ele e Dino.

Quando buscou abrigo político no PSDB, José Reinaldo deixou claro a Roberto Rocha, Sebastião Madeira e Geraldo Alckmin, as principais lideranças tucanas, que iria trabalhar pela viabilização da candidatura de Eduardo Braide (PMN) ao governo.

Rocha aceitou Tavares no PSDB, portanto, sabendo que ele não cerraria fileiras em torno do seu nome.

Não esteve enganado em momento algum, é preciso dizer.

Tentar defenestrar o ex-governador da candidatura ao Senado, agora, portanto, é um gesto tão indigno quanto foi o de Flávio Dino contra o mesmo personagem.

É correto dizer que Flávio Dino e Roberto Rocha estão no debate político de primeiro escalão por causa da influência de José Reinaldo Tavares.

Os dois – que se detestam – foram unidos no mesmo patamar pelas mãos do ex-governador.

E agora se unem, também, no vergonhoso gesto da traição…

Marco Aurélio D'Eça

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