Empresa suspeita de lavagem de dinheiro do PCdoB movimentou quase R$ 3 milhões entre 2014 e 2016…

Depósitos sem identificação na conta da Aldo Oberdan Motenegro-ME ocorreram mesmo depois da suposta transferência de R$ 1,3 milhão dos comunistas, dinheiro que só chegou em parte à conta da empresa; extratos mostram que a relação entre o empresário Carlos Miranda e o PCdoB garantia a ele prosperidade financeira

 

Carlos Miranda e sua relação com Flávio Dino e Márcio Jerry garantiram prosperidade financeira a uma empresa de “casamentos e aniversários”

Denunciada por suspeita de lavagem de dinheiro do PCdoB na campanha de 2014, a empresa Aldo Oberdan Montenegro- ME, ou Aldo Imagem LTDA., teve uma próspera relação financeira em suas contas desde que passou a ser controlada por Carlos Alberto Miranda ainda na campanha de 2014.

Já se sabia que, sob o comando de Miranda, a empresa emitiu nota fiscal de R$ 1,3 milhão para o PCdoB, mas só recebeu em sua conta R$ 500 mil, no dia 13 de agosto de 2014.

Mas mesmo após a eleição, a Aldo Imagem continuou a receber depósitos sem procedência identificada; e foi assim em 2014, 2015 e 2016, segundo extratos aos quais o blog teve acesso.

Neste período, quase R$ 3 milhões caíram nas contas da empresa em forma de “Crédito em Conta”, “Transferência on-line”, “Depósitos on-line” e “Pagamento de Fornecedores”.

Para ser mais exato, foram R$ 2.917.159,05 entre agosto de 2014, durante a campanha de Flávio Dino (PCdoB), e 25 de outubro de 2016, às vésperas do segundo turno da reeleição do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), que tem como vice Júlio Pinheiro, do PCdoB.

Extrato de 2016 mostram que os “créditos” à Aldo Imagem continuaram após 2014

Depósitos vultosos

Na análise dos extratos bancários – que também já estão em poder da Procuradoria-Geral da República – há longos espaços de ‘miséria financeira” na conta da Aldo Imagem, que contrasta com meses em que são feitos vultosos depósitos e créditos.

Em 2015, por exemplo, o maior crédito recebido pela empresa foi de R$ 131 mil, em 21 de dezembro.

Em 2016, no entanto, conforme se aproximavam as eleições municipais, os repasses iam se avolumando, chegando a R$ 307 mil apenas entre os dias 9 de maio e 10 de junho, véspera das convenções. 

Na Representação encaminhada à Procuradora-Geral da República Raquel Dodge, há extratos de 2017 e 2018, mostrando que a relação de Carlos Miranda com as prosperidade financeira da Aldo Imagem vinha crescendo.

Mas esta é uma outra história…

Marco Aurélio D'Eça