Flávio Dino tenta jogar preocupação pela entrada do deputado Eduardo Braide apenas aos adversários, mas não convence por que se sabe que o aumento de candidatos implica, fatalmente, em um indesejado segundo turno
Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) na imprensa, seus aliados na Assembleia e seus auxiliares diretos tentaram vender ontem, sem muita convicção, a ideia de que a entrada do deputado Eduardo Braide (PMN) na disputa pelo governo prejudica a oposição.
A falta de convicção é bem evidente neste discurso comunista porque mesmo os analistas mais inexperientes da política sabem que quanto mais candidatos competitivos na disputa, mais difícil será a vida do governador, que força a barra para tentar liquidar a eleição no primeiro turno.
E quer evitar o segundo turno também porque sabe que não terá vida fácil em um confronto direto com um dos representantes da oposição.
Não apenas Eduardo Braide, mas todos os demais candidatos da oposição – a começar pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB), mas também Roberto Rocha (PSDB), Ricardo Murad (PRP) e Maura Jorge (Podemos) têm papel fundamental no embate com Flávio Dino, cada um a seu estilo, cada um dentro do seu perfil e cada um em uma frente de atuação própria, que incomoda o comunista e os seus.
E quanto mais os comunistas puderem evitar o crescimento dessas candidaturas, mais eles vão tentar transferir a responsabilidade.
Só não conseguem convencer porque, nesse ponto, não trabalham com as pedras da realidade.
Vai ser como em 2016, quando cada um que subia era outro que descia, revezando-se Elisiane, Wellington e Braide. Este último quase se cria, pela dificuldade do prefeito em debater. O que não é o caso de Flávio Dino.