César Pires critica redução de repasse do Estado para os municípios

O deputado César Pires criticou na sessão desta terça-feira (20) o governo Flávio Dino por reduzir drasticamente o repasse de recursos aos municípios. Ele apresentou dados orçamentários concretos para afirmar que o governo estadual está centralizando as verbas e retirando dos gestores municipais as condições de atender às necessidades da população.

“Em 2014, o Estado repassava R$ 210 milhões fundo a fundo para a saúde nos municípios. O governo atual reduziu esse repasse para R$ 106 milhões em 2015, e R$ 146 milhões em 2016, uma diminuição de 1,4%.As transferências de capital, que são destinadas a investimentos em diversas áreas (estradas, pontes, praças, etc), também despencaram de R$ 185,6 milhões em 2014 para R$ 11,9 milhões em 2016, o equivalente a somente 0,2% da receita do Estado”, informou o deputado.

Lembrando que é precária a situação financeira dos municípios, César Pires destacou que o governo estadual centraliza os recursos para obras de estradas vicinais, pontes, praças e outras necessidades da população, numa postura de opressor.

“Nem mesmo a Famem, que promove marchas para Brasília em busca de recursos, questiona o governo pela forma com que trata os municípios maranhenses”, enfatizou.

César Pires afirmou que ficará atento a todo e qualquer convênio eleitoreiro que o governo Flávio Dino tente fazer este ano, como forma de subjugar os prefeitos.

“A intenção é obrigar os prefeitos, que são taxados de desviadores de dinheiro pelo atual governo, a ficaremdependentes do Estado”, afirmou ele, cobrando dos deputados da base governista mais apoio aos gestores municipais.

Reportando-se à época do império, quando o poder central concentrava todas as riquezas, César Pires afirmou que o atual governo do Maranhão é opressor e o Legislativo não pode ser conivente.

“Por isso pedi à ex-governadora Roseana que já incluísse no seu plano de trabalho a emenda impositiva, para dar a nós parlamentares a prerrogativa de garantir aos municípios os recursos que o governo vem negando”, informou.

Marco Aurélio D'Eça