Suprema Corte brasileira pode transformar o ex-presidente em um condenado sem prisão, assim como o Senado Federal transformou a ex-presidente Dilma em uma cassada sem perda dos direitos políticos
O julgamento do ex-presidente Lula segue dentro dos prognósticos estabelecidos pelos operadores do golpe político no Brasil: com a confirmação da condenação do petista.
Mas o objetivo dos envolvidos no golpe – setores do Judiciário e da imprensa, mercado e grande capital paulista – não é a prisão do ex-presidente, mas apenas tirar dele o direito de ser candidato em outubro.
O golpe contra Lula segue o mesmo script do golpe de 2016, contra a então presidente Dilma Rousseff (PT).
Dilma é a primeira política do Brasil a ser cassada sem que seus direitos políticos tenham sido suspensos, uma aberração jurídica que reforça a ideia de golpe no país.
É pouco provável que, mesmo condenado por 3×0 no TRF-4, Lula fique na cadeia – ou mesmo com a pena aumentada.
Para isso, já está em curso um novo capítulo do golpe.
Em 2016, o Supremo Tribunal Federal decidiu que os condenados em segunda instância – caso de Lula agora, deveriam ir to para a cadeia, mesmo que recorra da sentença.
À época, o resultado foi 6X5 no STF, o que obriga uma revisão do julgamento.
Ocorre que, agora, o próprio ministro Gilmar Mendes já admite rever o seu posicionamento, votando contra a prisão em segunda instância.
E como Lula deve recorrer às instâncias superiores contra a decisão do TRF-4, o STF terá que rever a questão da prisão em segunda instância.
Ou seja, Lula será o primeiro condenado a permanecer fora da prisão.
Mas isso pouco importa ao golpistas; importa apenas que Lula não seja candidato
E para isso, contam com o rebanho de alienados nas ruas.
É sempre assim…