Preocupado com a antipatia do eleitor que se decepcionou com o fracasso da mudança, governador tenta gerar fatos com pesquisas que parecem montadas no quintal do Palácio dos Leões
Acuado em sua gestão por uma série de aspectos que mostram o fracasso da mudança anunciada durante a campanha de 2014, o governador Flávio Dino (PCdoB) agora se utiliza de uma série de institutos de pesquisas financiados pelo próprio governo para tentar gerar uma realidade favorável ao seu projeto de reeleição.
A cada revés que o comunista sofre na realidade – como o mais novo escândalo da “gaiola humana” em Barra do Corda – esses institutos surgem, do nada, com números de pesquisas que apontam uma popularidade estratosférica e uma consolidação de vitória contra os principais adversários.
A princípio, essas empresas eram capitaneadas pelo Instituto Exata, que, contratado pelo Estado, apenas chancelava números apresentados pelo Instituto DataM, cuja credibilidade é tão pequena que precisa usar terceiros em suas divulgações. Sem ter como sustentar os números de interesse de Flávio Dino sem comprometer o próprio conceito, a Exata preferiu ficar apenas nas adjacências. Surgiu então o tal DataIlha, que chegou a ter, inclusive, a existência contestada.
Em entrevista a O Estado, no mês passado, o dono do Data Ilha deixou claro que não divulgaria o contratante de suas pesquisas. E voltou a aparecer agora, quando o comunista enfrenta desgaste intenso por conta da morte de um empresário dentro da gaiola humana de Barra do Corda.
Flávio Dino vai tentando construir a própria realidade para poder suportar a pressão até o pleito de 2018.
Em alguns casos, no entanto, a realidade de alguns, não passa de delírios emocionais.
Que sempre acabam frustrados pela própria efemeridade.
Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão