Em seus últimos dias no cargo, procurador-geral da República explicita sua veia revanchista, livrando amigos e encaminhando questões contra adversários que não escolheram o seu afilhado na sucessão do Ministério Público
Os últimos movimentos do procurador Rodrigo Janot como procurador-geral da República é uma síntese pura do que foi o Ministério Público Federal durante sua gestão.
A mesma instituição que relutou até não poder mais em acionar tucanos como Aécio neves (MG), devassou a vida de petistas como Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff.
Prestes a deixar o posto de chefe da PGR, Janot deixa evidente em seus gestos ações de vingança contra adversários e proteção clara a aliados.
A denúncia contra o ex-presidente José Sarney – baseada unicamente nas afirmações de um delator que sequer conseguiu provar o que disse – tem o mesmo peso do pedido de arquivamento da denúncia contra o governador Flávio Dino (PCdoB), também feita por um delator que não conseguiu confirmar o que disse.
Ora, se as afirmações do delator que apontou Flávio Dino não servem para Janot, porquê a afirmações do delator que apontou Sarney – nas mesmas circunstâncias – servem?
Mas Flávio Dino é irmão do principal assessor de Rodrigo Janot, o procurador Nicolao Dino.
Sarney, pelo contrário, é posto na conta do procurador como um dos que teriam influenciado para evitar que Nicolao assumisse o seu cargo.
Janot deixa o comando do Ministério Público com as marcas da vingança.
Simples assim…