Imperatriz: Assis Ramos vê com estranheza tanta proteção à empresa de lixo…

Assis Ramos fala sobre a troca do serviço de coleta de lixo em Imperatriz

O prefeito de Imperatriz, Assis Ramos (PMDB), disse nesta terça-feira, 6, estranhar tanto esforço “pela manutenção nas entranhas das contas da prefeitura, de uma fornecedora que se notabiliza por já ter recebido mais de R$ 200 milhões do município sem nunca ter se submetido a uma licitação”.

O que mais causa estranheza ao prefeito não é a capacidade de sobrevivência de uma fornecedora “nascida sob medida”, mas sim “a defesa escancarada pela manutenção de um modelo escandalosamente ilegal que, por sinal, já condenou em segundo grau quem a admitiu”.

Assis salienta que, “em meio aos que foram eleitos para fiscalizarem a boa aplicação do dinheiro público, se sobressaem os que tumultuam a opinião pública contra a compreensão dos fatos. Eles sabem, tanto quanto eu, que a Redenção não foi contratada pelos R$ 35 milhões que tanto propagam, e que esses propalados R$ 35 milhões são, na realidade, uma estimativa de contrato, dos quais poderemos gastar com o lixo uma parcela mínima, dependendo da licitação definitiva que já está em curso”.

Com a Brasmar, além de uma fatura mensal maior, a prefeitura ainda tinha que manter um serviço adicional, de pesagem do lixo.

– Agora, com esse modelo de transição, a gente elimina não só a conta da pesagem, mas também rompe os limites da quantidade de lixo que poderia ser retirado das ruas. Vamos fazer tudo que vinha sendo feito com maior amplitude, cobrindo mais ruas e intensificando a capina, a varrição e a caiação do meio-fio. É muito mais por muito menos e, por isso mesmo, eu esperava aplausos pela economia, e não essa briga pela manutenção de um contrato condenado e uma conta muito maior para o município – estranha o prefeito.

Sobre o esforço de alguns vereadores pela instação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a ‘CPI do Lixo’, Assis destaca que “mais abrangente ainda, seria apurar toda a saída de dinheiro dos cofres da Brasmar. Talvez, assim, saberíamos porque a empresa, depois de tanto tempo de altos faturamentos, não tenha nem como honrar com os seus empregados”.

Marco Aurélio D'Eça