Vazamento covarde de conversas do jornalista Reinaldo Azevedo com Andrea Neves – que nada tinham a ver com a operação Lava Jato – foi considerado uma tentativa de intimidação a quem critica as ações dos procuradores
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, criticaram hoje o que consideraram agressão do Ministério Público Federal à liberdade de imprensa e ao sigilo da fonte.
Sob o comando do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a força-tarefa da Operação Lava Jato fez vazar áudios de conversas grampeadas entre o jornalista Reinaldo Azevedo e a irmã do senador Aécio Neves, Andrea Neves.
Apesar de as conversas nada terem a ver com os crimes investigados pela Lava Jato, o Ministério Público operacionalizou seu vazamento, causando constrangimento ao jornalista, que criticara a revista Veja em uma das conversas.
A divulgação das conversas levou ao pedido de demissão de Azevedo.
O jornalista é um dos principais críticos da atuação de Rodrigo Janot e seus companheiros; para ele, o vazamento teve o objetivo de intimidá-lo.
A ABI condenou a atitude da PGR.
A ministra Carmem Lúcia disse que a liberdade de expressão e o sigilo da fonte são pilares da democracia e da constituição.
O Ministro Edson Fachin determinou o desentranhamento da conversa de Azevedo dos áudios que compõem a delação da JBS.
Mas o estrago causado pelos autoritários procuradores já está feito…
Sei que entre vocês tem corporativismo, mas esse sujeito é um boçal que aproveita sua audiência para detonar os inimigos do PSDB, seu partido do coração.
Resp.; Concordo que ele seja um crápula. Mas isso não torna menos ilegal o autoritarismo covarde do Ministério Público.