Citação de compra de dois juízes e pagamento de propina a um procurador força a divulgação, urgente, de todo o conteúdo das delações que se referem ao Judiciário, ainda mantidas em sigilo pelo próprio Judiciário
O deputado e líder do governo Flávio Dino na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira (PSB), fez o alerta ainda na sexta-feira, 19, no auge da crise política criada pela delação do empresário Joesley Batista.
– Será que também não está na hora de derrubar o sigilo, da parte da delação da Odebrecht que fala de membros do Judiciário? – perguntou o parlamentar, em seu perfil no Twitter.
De fato, já está na hora.
A relações subterrâneas mostradas não apenas na delação de Joesley Batista como de vários delatores da Lava Jato mostram que é preciso desbaratar, também eventuais crimes ocorridos no bojo do Judiciário.
E são muitos os elementos de suspeição; não apenas no caso do procurador da própria força-tarefa da Lava Jato, que vendia informações das operações aos envolvidos, mas em outros casos que precisam explicações.
Exemplo 1: a mulher do ministro do STF Gilmar Mendes atua como advogada na banca que defende o empresário Eike Batista.
E quem mandou soltar Eike? Gilmar Mendes.
Exemplo 2: a filha do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é advogada de uma das empreiteiras citadas no bojo da Operação Lava Jato a OAS.
E quem comanda a investigação da OAS? Rodrigo Janot.
Como se vê, é fundamental que se livre o Brasil de maus políticos espalhados por esta terra.
Mas é imprescindível que se purifique também o Poder Judiciário.
Simples assim…
Os intocáveis…
A Lei de Abuso de Autoridade é de uma necessidade premente para o Brasil O crime de hermenêutica tem que ser reincluído nessa lei que tramita no Congresso Nacional. Vai inibir a venalidade de Juízes, desembargadores, ministros, promotores e procuradores da República