Documentos em poder da Procuradoria-Geral da República, e já encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça provam que o governador maranhense manteve encontros com executivos e fez viagens de interesse da Odebrecht
O governador Flávio Dino (PCdoB) tem declarado que, na operação Lava Jato, há contra ele apenas “uma mera declaração de um delator”.
É sua tentativa de minimizar a acusação de recebimento de Caixa 2 da construtora Odebrecht.
Mas a Procuradoria-Geral da República tem contra Dino muito mais do que meras declarações de delatores. Há, por exemplo, registros de telefonemas e até viagens feitas por Dino e pelos delatores para atender aos interesses da construtora.
O inquérito contra o governador Flávio Dino é chamado de “Campanha Flávio Dino”.
Além do depoimento de José de Carvalho Filho, que declarou ter negociado com Dino pagamento de R$ 400 mil pelo seu empenho na aprovação de um projeto de interesse da Odebrecht, há registros de telefonemas, viagens e outros documentos contra o governador.
Todos os dados estão catalogados na “Manifestação 52196/2017-GTLJ/PGR”.
Chama atenção no calhamaço o registro de uma viagem de Flávio Dino a Alcântara, logo no início de seu governo, vista anunciada como redenção na própria página do governo. (Leia aqui)
Em Alcântara funcionava uma empresa binacional de tecnologia espacial – cooperação entre Brasil e Ucrânia – que a Odebrecht tinha interesse.
Mas esta é uma outra história…