Incrível que até aparentes defensores da igualdade e da equidade critiquem a “forma agressiva” com que se tenta punir racistas e machistas de toda sorte; esquecem esses “coerentes e serenos” que ações de afirmação de gênero, de raça e de condição sexual – por mais duras que sejam – refletem apenas reação a um processo histórico opressor
Editorial
Nos últimos dias, intensos debates sobre racismo, machismo, feminismo e homofobia surgiram nas redes sociais por fatos envolvendo pessoas famosas ou nem tanto assim.
E houve casos, inclusive, em São Luís.
Muita gente boa, aparentemente com boa formação, tem metido a colher nesta questão.
E é incrível que até aparentes defensores da equidade de gênero, da igualdade de raças e de condição sexual tentem pichar uma reação ao racismo e ao machismo com as cores da “agressividade”.
Tudo o que se vê hoje contra o machismo, contra o racismo, contra a homofobia é uma reação, não uma ação.
As feministas que gritam nas ruas contra a opressão do “macho” estão em desabafo, espécie de catarse de um longo período de ações de tipos como estes ora em xeque – que assediam mulheres, humilham e oprimem as que não aceitam suas cantadas e manipulam para prejudicar quem resiste a eles.
Natural que a reação a estes tipos provoque uma histeria coletiva.
Mas ainda assim, essa aparente histeria é apenas reação a tudo o que estes tipos já fizeram em um longo processo histórico-cultural de um país ainda com viés primitivo.
Qualquer violência do negro em relação à elite branca deve ser encarada como reação ao processo histórico de opressão.
Não se pode condenar um negro por odiar um branco. Este ódio não nasceu com ele, mas é fruto da reação a um processo histórico.
Da mesma forma, uma feminista que grita e agride um brucutu machista está apenas reagindo a ele.
Assim vale também para todos os exageros dos GLBT.
Gays, lésbicas, transexuais, transgêneros e todos os inúmeros tipos que definem a condição sexual – condição não é opção, deixe-se claro – podem até ser agressivos, violentos, grosseiros, provocadores… mas, ainda assim, estão apenas reagindo, não agindo.
O feminismo pode ser tão agressivo quanto o machismo. Mas é o machismo que está errado precisa ser combatido, não o feminismo.
E é isso que intelectuais e pensadores precisam compreender.
Ou pelo menos deveriam ensinar…
Acredito que o marco falou da violência do negro em relação ao branco no sentido simbólico. Em Salvador, vi negros fazendo referência a brancos como ” branquelos” , “azedos” e outras coisas, mas também acho que esse não é o caminho.
O que vi no texto, foi a explicação de que opressões históricas desencadeiam “reações radicais” como no caso do ator José Mayer. Não se trata de ditadura do politicamente correto, mas do avanço civilizacional que torna obrigatório o respeito que todo o ser merece, começando pela própria natureza.
Resp.: A vantagem de tudo é que, em breve, muito em breve, isso nem precisará ser discutido. Isso porque machistas, homofóbicos e racistas já terão passado. A sociedade anda pra frente. Quem se posiciona contra suas mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas, acabam restrito às cavernas onde se enfiaram. É assim a marcha da evolução. E felizmente isso ocorre…para o bem da humanidade e para azar dos trogloditas e boçais.
Pura verdade ! houve o tempo em que achavam absurdo pobre votar, depois que mulheres votassem e por aí vai, ainda que alguém ainda pretenda parar a roda da história.
Então, faça seguinte. Dê teu lugar no teu emprego a um negro ou mulher. Comece por você, Marcos, o exemplo. Quero ver. Se está incomodado com a situação, se demita para que um negro ou mulher seja empregado. Assim, seria menos um homem, branco e heterossexual e seria empregado um negro ou mulher.
“Qualquer violência do negro em relação à elite branca deve ser encarada como reação ao processo histórico de opressão. Não se pode condenar um negro por odiar um branco. Este ódio não nasceu com ele, mas é fruto da reação a um processo histórico.” Nunca vi algo tão asqueroso escrito. Merece ser exposto a nível nacional para verem o que andam escrevendo aqui. A pretexto de ser politicamente correto e progressista, o texto legitima agressão por parte das ditas minorias. Ora, se um negro mata um branco, isso não é crime. É não fruto de injustiças histórias e do ódio que fora acumulado ao longo desses anos. Apenas isso. Se o negro, gay, mulher, anão, índio, cadeirante, começa a sair quebrando tudo, batendo em todo mundo, xingando, cuspindo, defecando e urinando na rua, é somente a extravação de injustiças, ódio, frustração, que foram se acumulando. Nada disso é crime. Só quero saber até quando vai isso aí. Essa é a melhor forma de se destruir um país, sua cultura e seus princípios.
Marcos, mil vezes parabéns por teu texto.
Politicamente divergimos muito, mas respeito suas posições e, tenho claro que não é à toa que você conquistou o espaço que tem, como referência do teu grupo. Sempre comento e debato tuas postagens mas você como bom profissional que é nunca rebateu meus argumentos com grosseria ou insultos. Alguns blogs por aí eu já nem leio, pois não vale a pena debater com ignorantes e brucutus. Mais uma vez, parabéns !
Resp.: Agradeço, amigo. E continue participando do blog. É uma honra…
Enquanto os seres humanos ficarem se pautando através de nomenclaturas (Ismos), seja ele qual for, só fomenta nos indivíduos contradições acéfalas.
Temos que entender que existem valores humanos a serem respeitados mutuamente, sem essa “Bestificação” de gênero.
O livre arbítrio existe sim, mas não num processo de subjulgo. Há de entender que todos possuem direitos, mas, principalmente a obrigação da respeitabilidade entre todos os seres do Universo.
O que acontece, é que as pessoas são extremamente invasivas, e sempre se acham no direito de querer direcionar a particularidade do outro, esquece da sua própria vida, lembrando da mesma, só quando acha que todos os direitos do Universo cabem dentro cabem dentro do seu umbigo.
Não, não, não, … eu não estou acreditando no que acabei de ler.
Vou tomar uma água para me refazer…