Além de Gláucio Alencar, o empresário Júnior Bolinha também está preso sem nunca ter sido julgado, argumento que foi usado a favor do goleiro, mesmo já tendo até condenação em primeira instância
A demora no julgamento do caso Décio Sá pela justiça maranhense pode levar à soltura de todos os acusados ainda não julgados no caso.
O princípio é o mesmo usado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, que mandou soltar o goleiro Bruno – mesmo já condenado em primeira instância – por causa da demora no julgamento do seu recurso.
Pela lei, ninguém pode ficar preso ad eternum, sem julgamento formal.
Décio Sá foi morto em abril de 2012, e os acusados estão presos desde junho daquele ano.
Apenas o assassino confesso Jhonatan de Sousa – e seus comparsas na execução – tiveram julgamento e já estão condenados.
Dos demais acusados, Fábio Capita, Fábio Bucheca e José Alencar Miranda aguardavam julgamento em liberdade.
Apenas Gláucio Alencar e Júnior Bolinha permaneciam presos – há quase cinco anos – mesmo sem julgamento algum.
Nestes cinco anos, Alencar estava recebendo o mesmo tratamento de condenado – como regime diferenciado, segregação… – mesmo sem ter sido julgado em nenhuma instância.
Gláucio foi solto semana passada pelo Superior Tribunal de Justiça; agora, apenas Júnior Bolinha permanece preso.
Também sem qualquer pena a privar-lhe a liberdade…
nunca vi preso pagar pena sem condenacao so no maranhao mesmo …