Comunicado da Secretaria de Planejamento diz que o juiz federal José Carlos Madeira determinou o bloqueio dos recursos da repatriação e do Fundeb nesta sexta-feira
Luis Fernando e Gil Cutrim: fim da parceria
O último dia útil de 2016 fez explodir a guerra que estava sendo travada tacitamente entre o prefeito eleito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PDSB), e o atual prefeito do município, Gil Cutrim (PDT).
Ainda sob o comando de Cutrim, a Secretaria Municipal de Planejamento, Administração e Finanças emitiu “Comunicado” no fim da tarde informando que foram bloqueados cerca de R$ 4,6 milhões de duas contas.
– O município de São José de Ribamar teve bloqueados, nesta sexta-feira (30), os recursos da multa de repatriação, no valor previsto de R$ 4.041.989,58, e da transferência do Fundeb, no valor previsto de R$ 593.835,59. O bloqueio foi determinado pelo juiz federal José Carlos do Vale Madeira, que atendeu ação cautelar movida pelo prefeito eleito, Luis Fernando Moura da Silva – afirma o comunicado.
De acordo com a nota, os recursos da repatriação seriam utilizados para cumprir obrigações do município com fornecedores e complementação da folha de pessoa.
– Mesmo diante de tal fato, a atual gestão está cumprindo rigorosamente com seu calendário de pagamento e outros compromissos – informou a prefeitura.
A assessoria de Luis Fernando não quis comentar o assunto…
Quem manda desviarem pelo ralo da corrupção a grana toda de Ribamar por meio das cooperativas que estão sendo investigadas na operação COOPMAR?
Esse Comunicado Oficial da Secretaria Municipal de Planejamento, Administração e Finanças de São José de Ribamar (SEMPAF), soa somente como um “atestado de seguro” do prefeito Gil Cutrim, diga-se de Edmar Cutrim, pra tentar justificar o não pagamento de fornecedores e prestadores de serviço que cumpriram com suas obrigações contratuais, e que vem se arrastando meses a fio e agora irão ficar a ver navios de novo! Por outro lado, imaginem a “via crucis” que essa gente vai passar agora tentando receber do novo prefeito Luís Fernando Silva, que alegará naturalmente como práxis dos gestores maranhenses, que não reconhece as dívidas do seu antecessor e – como Flávio Dino -, irá mandar auditar tudo pra querer passar uma imagem de legalista e bom moço, pra depois ganhar tempo com a situação e priorizar o pagamento dos seus, evidentemente.
Esse filme já vimos antes, é calote na certa! O Ministério Público de Ribamar, como fiscal das leis, sabedor também de todas essas manobras, deverá mediar essa situação de forma altruísta com o apoio do Judiciário local. Pois os órgãos de controle externo não deveriam se fixar somente em ver se os gestores e empresas lesaram o erário em alguma ponto, mas, sim, se a administração cumpriu ou não com todas as suas obrigações legais perante o particular idôneo, o que não deixa de ser, evidentemente, também uma baita de uma improbidade administrativa, tão prejudicial à sociedade quanto a corrupção, inegavelmente. Essa cultura tem que acabar neste Maranhão velho, de se deixar o administrado a ver navios, pagando o pato de más gestões, como se todo mundo que presta serviço para os órgãos públicos fossem bandidos e estivessem mancomunados com os maus gestores
Que absurdo bloquear essa merreca! O correto seria bloquear o prefeito.