Em colapso administrativo, sem representatividade e sem expressão política, entidade municipalista chega às vésperas do processo eleitoral interno como um arremedo do que era nos anos 90 e 2000
Entidade criada em meados da década de 90 para fortalecer o poder de fogo dos prefeitos maranhenses nos órgãos da capital – secretarias, governos e Judiciário – a Federação dos Municípios do Maranhão se transformou em poucos anos numa das mais influentes entidades políticas do estado.
Por lá passaram, ao longo dos seus mais de 20 anos figuras emblemáticas da representação municipalista, como o ex-governador Luiz Rocha, os ex-deputados federais Paulo Marinho, Deoclides Macêdo e Ricardo Archer, e o atual deputado federal Hildo Rocha.
Mas a Famem entrou em colapso a partir da última gestão, e é hoje um arremedo de representação política. Ao longo dos últimos quatro anos a entidade definhou em importância ao ponto de se chegar a duvidar de sua existência às vésperas de um novo pleito para escolher sua representação.
Ao longo da história da entidade, os meses de novembro e dezembro, após cada eleição municipal, eram sempre os meses em que prefeitos de todo o Maranhão aportavam em São Luís nas articulações para escolha dos dirigentes que iriam representar o municipalismo maranhense.
A fraca representatividade da entidade é tanta que seus destinos deverão ser decididos de forma cartorial, entre as cúpulas do PDT, do PCdoB e do PSDB, cujas lideranças detêm o poder estadual. Ao que parece, são estas lideranças que decidirão o futuro de uma representação que deveria estar, hoje, em um patamar de discussão acima de sua atual história.
E qualquer que seja o resultado desta decisão de cúpula, os prefeitos maranhenses sabem que precisaram de força para a retomada da história da entidade.
Uma difícil retomada…
Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog