As eleições deste domingo, 30 podem entrar para a história como a mais contaminada pela manipulação do uso da máquina administrativa e do uso do direito público para eleger um candidato; mas também pode representar um marco na luta do povo contra a opressão dos poderosos
Editorial
Nenhuma vez na história se viu tanto abuso do poder econômico quanto nestas eleições.
Em nenhuma outra vez se viu poderosos debochar tão abertamente da cara da Justiça, desrespeitando decisões, afrontando a lei e oprimindo o eleitor a seguir os padrões determinados.
Mas em nenhum outro momento da história se viu também o povo reagir com tanta coragem à opressão ditatorial do poder.
Neste domingo, 30, o eleitor de São Luís tem a oportunidade de fazer história.
O ludovicense já sabe o que aconteceu nos últimos quatro anos, já sabe quem está preparado e quem não está para comandar o seus destinos; e já sabe do que são capazes o donos do poder por mais quatro anos.
Este segundo turno tem claramente uma divisão do que é ser político e do que é ser gestor.
Nos quase 20 dias de campanha e de confronto direto entre Edivaldo Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN) já deu para ficar claro quem está pronto e quem se mantém pela força.
O eleitor que vai às ruas neste domingo sabe que – não importa o que fazem os compradores de voto – seu poder de decidir é pessoal, intransferível e secreto.
O cidadão lá da zona rural, o pai de família da periferia, o médico, o advogado, o funcionário público, o empresário, todos sabem exatamente que podem decidir neste momento.
Foi uma campanha covarde, suja, contaminada por tudo o que se pode classificar de mais podre em uma disputa eleitoral; e tudo isso elevada à enésima potência.
Mas o povo também sentiu esta opressão.
E saberá responder na hora certa…