Prefeitos eleitos pelo partido do governador podem estar no PCdoB hoje, mas vão estar no PDT, no PMDB, no DEM, ou em qualquer ouro partido nas próximas eleições – até no PT; basta que o governador esteja em uma dessas legendas
O governador Flávio Dino continua a comemorar como adolescente que ganhou pirulito a suposta “vitória” do seu PCdoB nas eleições de 2016.
Mas o comunista exagera na comemoração, por dois motivos:
Primeiro, que não pode ser considerado vencedor um partido que elege apenas 46 de 2017 prefeitos – e tendo 103 candidatos próprios na disputa.
Segundo, que os comunistas de Flávio Dino são comunistas de ocasião.
Leia também:
Não há, entre os 46 prefeitos eleitos pelo parido de Flávio Dino – outros tantos que perderam a eleição – nenhum membro histórico do PCdoB.
Todos eles entraram no partido ocasionalmente, por ser o partido do governador.
– Isso é por causa do governador. Se o governador mudar de partido, os prefeitos migram com ele – analisou o cientista político Antonio Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Da mesma forma que Dino no Maranhão, lembra Queiroz, o PDT do coronel Ciro Gomes, no Ceará, também elegeu 51 das 184 prefeituras do estado. O mesmo Ciro teve a mesma performance quando passou por PSDB, por PSB e pelo PPS. (Saiba mais aqui)
Portanto, não há comunistas orgânicos entre os vitoriosos nas urnas de Flávio Dino.
Há apenas comunistas de ocasião.
Como o próprio Flávio Dino…