Candidato que chegou ao segundo turno sem coligação e sem tempo de televisão deve enfrentar no confronto direto duas máquinas – a da prefeitura e a do governo – já ressabiadas com as derrotas nos principais colégios eleitorais; mas tem o trunfo do preparo técnico que foi percebido pelo eleitor na reta final
O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) alcançou um feito sem precedentes na história política do Maranhão.
Ele saiu de índices de intenção de votos na casa dos 4% para chegar ao segundo turno da eleição em São Luís, com nada menos que 21,3% dos votos válidos, em uma arrancada de apenas três dias.
Mas agora, o candidato que virou sensação pela capacidade administrativa e preparo técnico demonstrados no debate da TV Mirante, vai ter um desafio que pode ser ainda maior: enfrentar as máquinas da prefeitura e do governo.
O governador Flávio Dino (PCdoB) é o principal tutor do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), e deixa o primeiro turno colecionando derrotas nos principais colégios eleitorais.
Fará de tudo, portanto, para garantir a vitória do seu afilhado na capital maranhense.
No início da campanha, o secretário de Articulação Política do governo, jornalista Márcio Jerry – espécie de lugar-tenente de Flávio Dino – chegou a incluir Eduardo na lista de candidatos do Palácio os Leões, ao lado de Edivaldo e Eliziane Gama (PPS).
Dificilmente, no entanto, manterá esta palavra agora, diante do risco de derrota para alguém que se mostra bem mais independente que Edivaldo no comando da prefeitura.
Para Eduardo Braide, resta, no entanto, a aposta do eleitor na reta final do primeiro turno.
O candidato do PMN conquistou o eleitorado por mostrar o melhor preparo técnico dentre todos o candidatos a prefeito. E agora terá tempo igual ao de Edivaldo para convencer a outra parte do eleitorado.
E novo debate da Tv Mirante já está marcado: 28 de outubro, dois dias antes da eleição.
Será, portanto, um segundo turno animado em todos os aspectos…