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Um apelo aos juízes eleitorais…

Senhores magistrados saiam às ruas, vivam a realidade concreta, participem da movimentação de campanha e não decidam com base apenas na letra fria das ações. Agindo apenas de gabinete, estarão matando as liberdades democráticas

 

A opressão do Judicia´rio é fruto do autoritarismo de juízes

A opressão do Judiciário é fruto do autoritarismo de juízes

Editorial

O mundo do Judiciário tem uma realidade própria, e isso é uma verdade consolidada.

Mas os juízes eleitorais – que são os mesmos da Justiça Comum – deveriam ser obrigados, até pelo tempo curto de suas atuações mais efetivas, a sair às ruas durante a campanha eleitoral, esquecer os gabinetes e acompanhar a realidade concreta. 

Tanto eles e, principalmente, o Ministério Público, que tem neste ciclo eleitoral a sua mais fraca representação no TRE – pouco afeita à ação e desinteressada dos aspectos que mobilizam as candidaturas – precisam conhecer a fundo a realidade para evitar decisões fora da realidade.

Decisões como a que obrigou o candidato Fábio Câmara (PMDB) a retirar de sua página uma foto de Edivaldo Júnior (PDT) que o próprio Edivaldo havia divulgado publicamente tempos atrás.

Será que se o juiz conhecesse a realidade concreta não saberia que esta imagem é pública e está aí disponível há tempos?

E se soubesse da publicação da foto pelo próprio prefeito exigira mesmo a injustiça de forçar a retirada da página de Câmara?

Em toda campanha, as estruturas políticas engrenadas nas estruturas públicas montam verdadeiro batalhão de advogados para intimidar, pressionar e sufocar adversários e jornalistas que não sigam os interesses dessas estruturas.

A foto que Edivaldo jogou na internet e agora ele próprio quer tirar

A foto que Edivaldo jogou na internet e agora ele próprio quer tirar

E apostam exatamente na desinformação de juízes e promotores eleitorais para fazer esta intimidação.

O exemplo da página de Fábio Câmara – ou da ação criminal contra jornalistas que apenas levantaram a hipótese de o prefeito vir a ser substituído, imaginem só – são apenas exemplos de decisões sem base na realidade concreta.

Mas a mesma rapidez que a Justiça Eleitoral tem demonstrado na apreciação das causas pró-Holandinha não se vê na análise de ações impetradas contra o prefeito.

As duas ações do ex-juiz Marlon Reis, por exemplo, ainda dormem nas gavetas do TRE, sem previsão alguma de decisão que diga, ao menos, se elas seguirão ou não a tramitação normal.

E é por isso que este blog faz o apelo aos juízes eleitorais.

Saiam dos gabinetes, conheçam a realidade concreta, saibam do que os autores de ação estão falando quando apresentam as demandas ao TRE.

Não julguem apenas com base na letra fria.

Só assim a Justiça Eleitoral também será uma Justiça de fato…

Marco Aurélio D'Eça

6 Comments

  1. Se eles fizessem isso, como dito no texto, muita coisa melhoraria. Agora em relação a foto do prefeito, estava “pública” sim, mas usar a imagem do outro pra difamar o mesmo?! Tenha dó

  2. O que eu acho que deveria ser feito mesmo era o blogueiro ser imparcial e nao sair em defesa do errado. Se algo está contra a lei, a justiça tem de punir. E Nesse caso quem esta errado é Fabio Camara.

  3. Você está subentendendo que as decisões dos magistrados estão sendo parciais, isso mesmo produção?! A decisão do ISEC já foi arquivada uma vez no TJ por falta de consistência, eles insistiram em requentar um assunto já mais do que esclarecido, Fábio Câmara tem ciência que essa imagem dele é depreciativa, e isso segundo a lei eleitoral é ilegal! Agora você julgar um juíz por seguir as leis é de causar estranheza.

    Resp.; Não estou subentendendo nada. Quando eu quero dizer, digo mesmo. E já disse aqui várias vezes que o juízes também tomam decisões parciais. Ou eles são deuses, que não erram nunca? Erram sim. E erram por vários motivos, sim.

  4. O problema está em divulgar a fotos e ações de maneira erronêa e pejorativa.

  5. Acho muito bom mesmo, eles acompanharem bem de perto o que realmente acontece nas eleições, para em caso de fraudes não tomarem decisões precipitadas sem saber o que esta se passando de verdade.

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