Cassar uma presidente legitimamente eleita, em um processo sem crime e apenas por que não se gosta do seu governo, além de um golpe de estado em sua acepção mais agressiva, é também uma violência contra a própria soberania popular
Editorial
Por tudo o que este blog já escreveu em suas análises e editoriais, já deve estar claro para o leitor seu posicionamento absolutamente contrário ao impeachment.
Mas se ainda há dúvidas, que fique claro: o impeachment de Dilma Rousseff (PT) é um golpe.
Trata-se de um golpe contra a democracia, um golpe contra as instituições políticas e, sobretudo, um golpe contra a soberania popular.
Num sistema presidencialista, os governantes devem ser tirados no voto.
O governo Dilma é um dos piores da história do país, após um período profícuo de realizações e conquistas sociais dos governos do PT.
Mas Dilma foi eleita pela maioria da população brasileira; e seu mandato termina apenas em 2018. Não se pode afastá-la tão somente por que não se gosta da forma como ela governa.
Que os seus adversários – derrotados sucessivamente em 2002, 2006, 2010 e 2014 – se preparem para convencer o povo de que são, de fato, melhores na condução do país.
Este blog é contra o impeachment pela convicção pessoal do seu editor.
Pouco importa quem se beneficie com a queda ou a manutenção do governo petista; pouco importa quem se dará bem em um eventual governo do PMDB.
O que importa a este blog é a manutenção da democracia em seu estado mais puro, com governo governando e oposição vigilante para mostrar o equívocos.
Longe desta dicotomia saudável e própria das democracias o que há são golpes de estado, ditaduras e vilipêndio aos direitos civis e individuais.
Principalmente o das minorias – dos pobres, dos negros, das mulheres, dos gays.
Por isso é que este blog grita com a força dos seus plenos pulmões: NÃO AO GOLPE!
É simples assim…