Aliados do prefeito Edivaldo Júnior ainda acreditam na lealdade do governador, mas os movimentos do Palácio dos Leões são todos em favor do deputado Bira do Pindaré
A abrupta entrada do deputado Bira do Pindaré (PSB) na disputa pela Prefeitura de São Luís – apesar de o governador ter proibido qualquer auxiliar de concorrer nas eleições de 2016 – acendeu uma luz de desconfiança em vários setores da administração de Edivaldo Júnior (PDT).
Edivaldo sempre foi o candidato de Dino, mas há dois fatores que aumentam a desconfiança de que há uma preferência por Bira.
1 – Flávio Dino nunca escondeu sua relação histórica com o deputado socialista, que foi contemporâneo dele no PT e seu aluno da faculdade de Direito;
2 – Sempre houve entre os aliados do governador a desconfiança de que Edivaldo não iria conseguir se viabilizar a tempo de consolidar a reeleição, o que necessitaria um “plano B” para impedir a vitória de Eliziane Gama.
Com a movimentação de Bira, Edivaldo Júnior e seus aliados mais próximos esperam uma declaração pública do comunista, uma reafirmação, de que é ele, e não Bira o seu candidato pessoal em São Luís.
Não o candidato do partido, muito menos o candidato do governo; o que Edivaldo espera é ouvir que é ele o candidato de Dino.
Mas Flávio Dino dificilmente dará esta declaração.
Primeiro, por que, ao fazer isto, estará rechaçando publicamente dois aliados do seu governo – o próprio Bira do Pindaré, e Eliziane Gama. E esta, embora o comunista não queira perto, também não a quer fora do seu raio de influência.
Assim, o governador vai tirando onda de independência em relação à disputa em São Luís.
Enquanto seus auxiliares mais influentes vão preparando o PT para o desembarque de Pindaré.
Simples assim…