Uma simples declaração de um especialista em marketing político e eleitoral causou, na semana que passou, reação desenfreada dos líderes do governo Flávio Dino (PCdoB); e mostrou, mais uma vez, o temor que os comunistas têm com a história que estão construindo à frente do governo do Maranhão.
Em sua página em uma rede social, Guga Fleury – um dos mais destacados especialistas e consultores em marketing político – disse ter ficado preocupado com a imagem de perseguidor que está se formando no seio do governo Dino, desde a posse, em janeiro de 2015.
Textualmente, o especialista declarou: “Embora admire muito o governador Flávio Dino, vejo que o mesmo esteja talvez caminhando para um lado equivocado. Em recente observação técnica em São Luís, pude notar que a imagem de perseguidor parece cada vez mais se cristalizar em classes sociais diferentes”.
A declaração de Guga Fleury foi feita em meio ao debate sobre a decisão de Flávio Dino de retirar de prédios públicos nomes de seus adversários políticos, o que repercutiu negativamente. E ele somou a isso conversas com outras lideranças de São Luís, para perceber que a “perseguição” tem sido a tônica do governo.
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Aliados de Dino e até membros do próprio governo partiram para cima do marqueteiro nas redes sociais, primeiro com a já surrada tática de desqualificar o oponente; depois, atacando quem tivesse ousado publicar o texto.
Mas o fato é que Guga Fleury – que, repise-se, é consultor na área e um dos mais renomados marqueteiros do país – expressou um sentimento que já vinha sendo posto por vários observadores da cena política: a de que o governador tem se imposto mais pelo medo do que pelo carisma. Já escreveram sobre o tema políticos como Ricardo Murad, Edinho Lobão, Gastão Vieira e Wellington do Curso; e escritores como Joaquim Itapary e Joaquim Haickel.
Mais do que rebater e atacar quem ouse dar esta opinião, o governo precisa refletir e repensar sua forma de relacionamento – com aliados e com adversários.
Afinal, só está no segundo ano do mandato…
Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustrações do blog