Por trás da briga intestina na base do governo Flávio Dino (PCdoB), as lideranças dos principais partidos se movimentam de olho em um projeto ousado: as duas vagas do Maranhão no Senado Federal, que serão abertas em 2018, com o fim do mandato dos senadores Edison Lobão e João Alberto de Sousa (ambos do PMDB).
Tanto o PDT quanto o PCdoB – e até o PSDB e o PT – sonham com uma das vagas; e sabem que, para consolidar seu projeto, é preciso ocupar espaços de poder já em 2016.
Há pelo menos quatro nomes interessados em ser candidato a senador na chapa de Flávio Dino: os deputados federais José Reinaldo Tavares (PSB) e Weverton Rocha (PDT); os estaduais Humberto Coutinho (PDT) e Othelino Neto (PCdoB), e até o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que sabe seu futuro está atrelado ao sucesso nacional tucano.
Mas a vaga na chapa dinista pode servir também como moeda já nas eleições de 2016 – sobretudo a de São Luís, que tem o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) e a deputada federal Eliziane Gama como candidatos. Um deles pode acabar na chapa majoritária comunista de 2018, frutos de acordos estabelecidos em 2016.
O despertar do interesse na vaga de senador se dá pelo fato de que, especula-se, nem Lobão nem João Alberto sejam candidatos à reeleição, o que ampliaria as chances do governo, mesmo que o candidato de oposição seja a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), único nome a fazer frente à máquina governista.
Para consolidar seus nomes, tanto PDT quanto PCdoB, PT, PSB e PSDB vão jogar pesado em 2016, tentando abrir os melhores espaços de negociação nos principais colégios eleitorais.
Por isso é que o PDT sonha com vitórias em São Luís e Imperatriz, os dois maiores municípios do Maranhão.
E o PCdoB, obviamente, tenta impedir esta consolidação…
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