Governador arrecada cada vez mais – com base no aumento de impostos, cortes de serviços essenciais e redução de obras públicas – mas utiliza recursos com o inchaço da folha de pagamento, beneficiando, sobretudo, apaniguados políticos
Em 2014, no final do governo Roseana Sarney (PMDB), o Maranhão gastava cerca de R$ 3,9 bilhões com a folha de pagamentos do funcionalismo.
Hoje, às vésperas do fim do primeiro ano do governo Flávio Dino (PCdoB), este custo subiu para R$ 4,4 bilhões, um aumento de quase R$ 500 milhões em menos de 12 meses – R$ 474 milhões, para ser mais exato.
Os dados, resultados da análise de economistas do próprio governo – que se mantêm no anonimato por razões óbvias – podem ser vistos nos Relatórios de Gestão Fiscal, os demonstrativos requeridos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
E revelam que, ao contrário do que discursa ao povo maranhense, Flávio Dino está, sim, levando o Maranhão a se transformar em um Rio Grande do Sul, para ficar numa comparação feita pelo próprio comunista. (Entenda aqui)
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Há um inchaço constante e persistente da despesa com servidores, o que pode levar ao descumprimento da exigência da LRF em um período muito próximo.
Em abril, no primeiro Relatório de Gestão Fiscal da era Dino, o Maranhão já apresentava um aumento no comprometimento da Receita Corrente Líquida com a folha de pessoal: subiu de 38,7% para 39,2%, em comparação com o final do governo Roseana.
Já em agosto, o RGF apresentava um comprometimento de 42,17% da RCL apenas para pagar pessoal. Um aumento de 8,96% em apenas oito meses.
O limite máximo estabelecido pela LRF é de 49% da LRF. Dino está a apenas 7 pontos de extrapolá-lo.
Detalhe: houve aumento da receita no mesmo período, passando de R$ 10,2 bilhões em dezembro de 2014 para R$ 10,4 em agosto de 2015.
Tradução óbvia: Flávio Dino não consegue gerir as receitas do estado – e manter as obras e os serviços no mesmo padrão em que recebeu – por que vem comprometendo cada vez mais a receita com a folha de pessoal, inchada com assessores e auxiliares em número cada vez maior.
E o risco de “gauchinização” do Maranhão, segundo os especialistas da Fazenda maranhense, é cada vez mais iminente.
E, neste aspecto, pior para os maranhenses…
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