A postura do vice-governador Carlos Brandão na relação com o governador Flávio Dino (PCdoB) tem incomodado os membros mais efetivos do PSDB maranhense. Para os tucanos, Brandão tem diminuído o papel do partido, que pode, simplesmente, ser levado a desaparecer dos principais municípios.
O estopim para as críticas, que já começa a ganhar repercussão pública, ocorreu no fim de semana, em Colinas, terra do vice-governador e base eleitoral histórica de sua família.
Pois lá o PSDB foi reduzido a nada pela imposição do secretário de Articulação Política, Márcio Jerry, que levou a própria irmã, Régia Barroso, para o PCdoB, e convenceu o governador Flávio Dino a lançá-la candidata a prefeita sob os olhares complacentes do próprio Brandão, relegado a um canto do palanque.
E assim, o PSDB vai perdendo espaço nos principais colégios eleitorais, sem candidatos expressivos nos grandes municípios, e sendo obrigado a ver o crescimento do PDT e do próprio PCdoB”
A postura do tucano foi fortemente criticada nas redes sociais e em blogs, mas não foi o único episódio de submissão do vice.
Em Imperatriz, segundo maior colégio eleitoral do estado, por exemplo, o prefeito Sebastião Madeira, do próprio PSDB, está relegado à condição de coadjuvante de sua própria sucessão, vendo nomes do PCdoB e do PDT como protagonistas das eleições de 2016.
E em São Luís, os tucanos veem Brandão trabalhar contra o principal nome do partido, o ex-prefeito João Castelo, que ocupa a terceira posição nas pesquisas, mas não conta com o aval do vice-governador.
E assim, o PSDB vai perdendo espaço nos principais colégios eleitorais, sem candidatos expressivos nos grandes municípios, e sendo obrigado a ver o crescimento do PDT e do próprio PCdoB.
E a Brandão importa apenas garantir a posição de vice em 2018.
Nem que precise, para isso, alijar o próprio partido do projeto de poder estadual.