Nem o deputado estadual Bira do Pindaré, muito menos o deputado federal José Reinaldo Tavares e o senador Roberto Rocha têm qualquer afinidade ideológica com o PSB, partido ao qual estão filiados; talvez isso explique tanta crise no seio partidário
O deputado Bira do Pindaré é um chamado petista de nascença.
Ele nasceu e se criou na política pelo PT e só deixou a legenda por que precisava salvar o mandato no Tribunal de Contas da União. Mas nada no PSB tem liga com sua ideologia, sua agenda política e seus sonhos.
Tanto que até já ensaiou uma volta para o PT, só não consolidando o projeto por que enfrentou resistências em setores das fileiras petistas.
O ex-governador José Reinaldo Tavares sempre foi um homem de direita.
Com carreira nas estruturas comissionadas dos cargos federais em Brasília, elegeu-se deputado, foi ministro e governador pelo PFL – hoje DEM – partido que representa a essência do pensamento conservador brasileiro.
E também está no PSB por uma circunstância da vida pública.
Mas, assim como Bira, já tentou fazer o caminho de volta, retomando o DEM ou mesmo filiando-se ao PSDB, outro símbolo da direita quatrocentona.
O senador Roberto Rocha é a essência da elite política conservadora quatrocentona do Maranhão.
Nada em seus gestos, seu pensamento ou suas ideias remetem ao pensamento socialista encarnado pelo PSB. Rocha é um tucano por excelência, talvez um dos poucos no Maranhão com tanta identidade no ninho.
A entrada no PSB também foi uma ação circunstancial, de sobrevivência e oportunismo em momento de ebulição política.
Tanto que, vez por outra, Rocha é isto como estranho no socialismo, ocasião em que se especula sua volta para o ninho.
Diante de tanta diferença ideológica com a própria legenda que os abriga, não faz sentido algum a guerra que os três travam pela hegemonia partidária.
Afinal, cedo ou tarde, todos estarão distantes do PSB.
É aguardar e conferir…