História das eleições diretas na capital maranhense se confunde com a do próprio partido, que esteve como protagonista em praticamente todas as disputas
A filiação do prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior ao PDT, nesta sexta-feira, reveste-se de um forte simbolismo político.
O prefeito filia-se a uma legenda cuja história se confunde com a própria retomada das eleições diretas na capital maranhense; nas oito eleições com participação popular, em apenas duas – 1985 e 2008 – o PDT não participou diretamente da vitória do prefeito.
Holandinha terá a missão de honrar o legado de ninguém menos que Jackson Lago, três vezes prefeito.
E consolida também o renascimento que o PDT vem experimentando sob a batuta do deputado federal Weverton Rocha, um dos mais hábeis políticos da nova geração maranhense.
O PDT governou São Luís entre 1989 e 1992.
Em 92, elege a sucessora Conceição Andrade – à época no PSB – indicando seu vice. Mas rompe com esta em 1994. Em 1996, Jackson Lago retorna ao comando de São Luís, onde permanece até 2002, quando entrega à cidade ao seu vice, Tadeu Palácio, reeleito em 2004.
Só em 2008 voltou a ficar de fora da disputa pelo poder, que teve como protagonistas João Castelo (PSDB) e Flávio Dino (PCdoB). Mesmo assim, o PDT ajudou na vitória do tucano em segundo turno e governou com ele até 2012, quando decidiu apoiar o próprio Holandinha.
Agora, quatro anos depois de iniciado o “namoro” que deveria ter-se consolidado já em 2011, Edivaldo Júnior passa a empunhar a bandeira da “rosa vermelha”.
Naquele que pode se transformar no principal gesto político da pré-campanha em São Luís…