Ícone do site Marco Aurélio D'Eça

O pacto pressupõe um mea culpa…

Ao sugerir que o Maranhão precisa de Sarney para se desenvolver, o ex-governador José Reinaldo Tavares indica também que os atuais ocupantes do palácio passaram os anos a mentir ao povo sobre o ex-presidente

 

José Reinaldo quer Dino ao lado de Sarney para melhorar o Maranhão

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) insiste na tese da necessidade de um pacto entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o ex-presidente José Sarney (PMDB) pelo desenvolvimento do Maranhão.

Trata-se de um mea culpa de José Reinaldo.

Ex-aliado do próprio Sarney e padrinho político de Flávio Dino, José Reinaldo foi um dos principais artífices da ideia de que Sarney era o responsável por todos o males do Maranhão. E vendeu esta ideia para o Brasil inteiro, financiando matérias e reportagens duras sobre o estado, criando a imagem de um estado ruim, uma espécie de Afeganistão brasileiro.

Se agora José Reinaldo diz que Sarney é necessário para que Dino consiga melhorar a imagem do Maranhão, então, antes de qualquer coisa, José Reinaldo deve pedir desculpas ao povo do Maranhão.

Leia também:

Para Bentivi, José Reinaldo admitiu que Flávio Dino precisa de Sarney…

Pacto: José Reinaldo fala sozinho em seu grupo...

E se estiver por trás da proposta reinaldista, Flávio Dino também deve desculpas ao Maranhão.

Escorado em José Reinaldo, Flávio Dino surgiu para a política em 2006, com o mesmo discurso de que o grupo Sarney destruiu o Maranhão.

E vendeu isso por onde passou, usando as estruturas que dispunha para atacar o Maranhão com o intuito de se beneficiar eleitoralmente.

Agora, sete meses depois de assumir o governo, seu principal padrinho aparece pedindo ajuda para… o mesmo Sarney.

O pacto proposto por José Reinaldo impõe, portanto, uma condição primária: um mea culpa do próprio José Reinaldo.

O ex-governador precisa reconhecer publicamente que mentiu – e muito – sobre o ex-presidente Sarney, para que seus argumentos a favor de um pacto que envolva Sarney possam ser vistos como sinceros.

Sem esta condição, tudo se perde no vazio dos interesses pessoais.

É simples assim…

Sair da versão mobile