De O EstadoMaranhão, com ilustração do blog
Nos compêndios do jornalismo, aprende-se que um fato corriqueiro jamais poderia ser considerado uma notícia. Mas, como em quase tudo na vida existem exceções, O Estado estampou ontem em sua manchete o que, à primeira vista, seria o cúmulo do atropelo da lógica jornalística, não fosse trágico.
“Virou rotina” foi o título escolhido para resumir a tenebrosa e explosiva realidade de agências bancárias no interior do Maranhão. Em dois dias, dois bancos de uma mesma instituição acabaram dinamitados por quadrilhas especializadas nesse tipo de crime.
Com esses, chega a 28 o número de agências explodidas somente este ano no estado.
Acrescenta-se aos números outros 12 assaltos cometidos por bandos fortemente armados que, em vez de explosivos na calada da noite, optaram pelo pânico provocado em plena luz do dia.
Sem contingente suficiente para combater os criminosos, a polícia mostra-se acuada diante do “profissionalismo” das quadrilhas.
É uma guerra.
De um lado, policias que arriscam suas vidas no cumprimento do dever. Do outro, bandidos especializados e certos da fragilidade que vão enfrentar. No meio do fogo cruzado, populações indefesas e amedrontadas, vítimas da insegurança que só avança no estado.
Ciente da situação, mas firme em seus devaneios de que os números da violência estão caindo em sua gestão, o governador Flávio Dino “passeia” no helicóptero do GTA no mesmo dia em que mais uma agência bancária ia pelos ares no interior, dessa vez em Buriticupu. Logo ele, que tanto criticou o uso da aeronave na gestão passada quando em cumprimento de agenda oficial no interior.
Um helicóptero bem que viria a calhar na caça aos bandidos que dinamitaram as duas agências esta semana. Ou não?
Quem sabe na próxima…
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