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Uso de leigos na polícia é comum no interior, diz mulher de soldado preso

Gisele Tavares Santos defende o marido – acusado de cumplicidade na execução do mecânico Irialdo Batalha, em Vitória o Mearim – e acusa prefeitos e o comando da PM por manter a prática de gente sem formação nas ações policiais em todo o Maranhão 

 

Após executa o mecânico, vigilante é ajudado por PM a colocar o corpo na iatura da polícia; cena comum no interior? (imagens: Portal “É Maranhão”)

O  comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Alves, em entrevista ao Fantástico, classificou de “fato isolado” a participação do vigilante Luiz Carlos Machado – executor do mecânico Irialdo Batalha, em Vitória do Mearim – em uma operação da PM no município.

Mas não foi fato isolado, segundo Gisele Tavares Santos, mulher do soldado Gomes, preso na operação, acusado de cumplicidade no crime.

Segundo Gisele, a prática de usar leigos em ações da polícia é comum no interior do Maranhão, facilitada por prefeitos e acatada pelo comando da PM.

– Até onde tenho conhecimento este fato ocorre não só em Vitória do Mearim, mas em todo o Maranhão – disse a esposa do militar, em desabafo que ganhou as redes sociais na semana passada.

De acordo com Gisele Tavares, a prática é influenciada por prefeitos, que tentam controlar as ações policiais. E aceita pelo comando da PM.

– O que dizer dos prefeito que autorizam e mantêm esta prática? O que dizer do comando da PM, que acata tal situação? – questiona a mulher do militar.

A denúncia de Gisele Tavares abre nova pauta sobre o caso de Vitória.

E não encerra a questão na punição aos dois PMs envolvidos no caso.

Ela vai bem mais além, e precisa ser esclarecida…

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