Os membros da Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia Legislativa estiveram hoje na sede da Alumar, e ouviram da diretoria explicações para as cerca de 650 demissões na empresa, em 2015.
– Fomos até a Alumar para ouvir os motivos que levaram a empresa a demitir os funcionários e saímos com as explicações das demissões que são inevitáveis, segundo a empresa. Mas também tivemos alguns encaminhamentos importantes para que possamos dentro do prazo de até dois anos mudar essa situação. Esperaremos uma reunião da diretoria para que eles possam trazer algumas iniciativas que possam reverter esse cenário – destacou Adriano Sarney (PV), presidente da comissão.
– Apesar da Alumar se mostrar irredutível na questão da demissão dos funcionários, a empresa sinaliza em retomar a produção da área desativada num curto espaço de tempo. E nosso foco é de intermediar junto ao Governo Federal e Estadual essa retomada e assim a recontratação dos trabalhadores – enfatizou o deputado petista Zé Inácio.
O Deputado Júnior Verde destacou o diálogo e o papel da Assembleia Legislativa em intermediar esse processo de demissões.
– A Assembleia sensível a problemática do desemprego, realmente se propôs a vim a Alumar, mas infelizmente essa decisão da empresa é uma situação de mercado e afeta os funcionários. Na nossa avaliação, enquanto parlamentares, cumprimos o nosso papel de lutar pelo interesse público. Fizemos alguns encaminhamentos como a criação de alternativas para que a Alumar possa desenvolver em parceria com o Sebrae não só a capacitação, mas também conseguir com que os funcionários demitidos possam ter alternativas de trabalho como a viabilização de pequenos negócios.
De acordo com o Diretor da Alumar, Ferraz, “essa situação da demissão foi condicionada pela questão do mercado global e os elevados custos operacionais tornaram a produção do metal inviável, mas estamos empenhados em manter o diálogo com nossos funcionários, o sindicato e a comunidade para minimizar o impacto dessa decisão. Essa atitude dos senhores deputados é algo louvável e merece nosso reconhecimento”.
Marco Deça, eu não consigo entender porque esse alarme todo dos senhores deputados com as demissões da Alumar…Em 2004 e 2005 , aconteceu na Cemar, a maior demissão já vista nesse estado onde simplesmente uma empresa comprou a Cemar por apenas 1U$ (um dólar=1R$) assumindo assim os débitos da empresa na época algo em torno de alguns milhões de reais. Eu conheço vários ex-funcionários da CEMAR que até hoje têm uma vida marcada pela demissão. Vivem tomando remédios controlados, pois ficaram deprimidos, pois a maioria não consegue outro emprego com a idade que têm e nem conseguem se aposentar. Funcionários com 30 anos de serviço foram pra rua. E diante de todo esse caos, nunca vi nenhum deputado ou grupo se levantar contra a venda da Cemar. Foi o maior crime que já cometeram nesse estado deixando vários pais e mães de família, sem nenhum esperança de retorno ao mercado de trabalho. Claro muito com idades acima dos 40, 45 até 50 anos na época ficaram sem direção sem nenhum norte e sem saber o que fazer. E nem com todo esse absurdo, a Assembléia Legislativa do estado se pronunciou contra esses banqueiros que compraram a Cemar na época e tiraram os cargos dos profissionais do maranhão para dar para os baianos, paulistas, mineiros e outros. passado mais de 10 anos, muitos ainda continuam apenas sobrevivendo a situação deixado por esses “monstros” que invadiram e tomaram a nossa empresa. Marco, na época, os demitido na primeira enxurrada, não tiveram nem condições de retornar a sua sala para pegar seus pertences , até os arquivos pessoais , deram somente 01 disquete 3 . 1/4 (capacidade de 1,4 mbytes) para copiar seus arquivos pessoais…é mole ? o que poderia caber num disquete de 3. 1/4 (1,4 mbytes)??? Meu amigo foi humilhação demais para todos e não teve um deputado “filha da puta” pra levantar a voz em favor de nós. E agora querem fazer essa zoada toda por causa de 600 demissões na Alumar. Com certeza no mínimo esses 600 a metade é de fora e não do maranhão. Marco , não podíamos mais nem entrar na empresa que demos a vida por ela e muito mal passava-se de um balcão para entrar numa salinha e tentar resolver os nossos direitos. Podemos dizer num simples palavra , que o caso da Cemar foi o maior genocídio de funcionários de uma empresa estatal no século 21…Pode escrever isso que te falo meu amigo. Estou preparando um livro para contar toda a história da privatização da Cemar e os danos que foram causados em várias famílias por conta de um governo e uma assembléia omissa do estado do maranhão.
J.K.L.M
ex-funcionário da Cemar
A ALUMAR fechou a última linha da redução de aluminio pelo simples motivo que o Brasil hoje tem uma das energias mais caras do mundo e com isso produzir alumínio gera um enorme prejuízo.