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Pra não dizer que não falei das flores…

hqdefaultCaminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos, construções, caminhando e cantando e seguindo a canção.

Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Pelos campos há fome em grandes plantações, pelas ruas marchando indecisos cordões. Ainda fazem da flor eu mais forte refrão e acreditam nas flores vencendo o canhão.

Há soldados armados, amados ou não; quase todos perdidos de armas na mão. Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição, de morrer pela pátria e viver sem razão.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções somos todos soldados, armados ou não. Caminhando e cantando e seguindo a canção somos todos iguais, braços dados ou não.

Os amores na mente, as flores no chão. A certeza na frente, a história na mão. Caminhando e cantando e seguindo a canção; aprendendo e ensinando uma nova lição.

Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora.

Não espera acontecer…

Geraldo Vandré

Marco Aurélio D'Eça

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