A vitória de Dilma Rousseff (PT) reacendeu o debate sobre a divisão do país em dois pólos – ricos e pobres, sulistas e nordestinos;
Mas, na verdade, não é a vitória do PT, muito menos seus programas sociais, que dividem o país.
O que divide o Brasil em dois é a defesa de privilégios de classe, o corporativismo profissional, a segregação racial, social e de gênero, e a ideia de que apenas os ricos e bem-nascidos podem ter acesso aos bens de consumo.
E ao contrário do que pregam os defensores destas teses estapafúrdias, longe de separar, as propostas do PT têm o objetivo de unir, juntar e garantir direitos, deveres e benefícios a todos, sem distinção.
Por que médicos, corporativistas, só votaram em Aécio Neves (PSDB) pela defesa dos seus interesses pessoais, pouco preocupados com a melhoria do sistema de saúde no país.
Por que os crentes, protestantes e evangélicos, preconceituosos, só votaram em Aécio Neves por que não querem benefícios sociais e civis aos homossexuais e simpatizantes.
Por que os ricos, racistas, do Sul e Sudeste – e até do Nordeste – só votaram em Aécio Neves por que se incomodam com o trabalhador que anda de carro, como eles; ou que agora pode estar no mesmo avião que eles, numa viagem pelo Brasil ou mesmo ao exterior.
As propostas de Lula, Dilma e do PT têm o condão de unificar o país – não de dividir.
De garantir acesso de todos a tudo o que for de bom para o conjunto da população.
Mas as elites, as categorias corporativistas e os segmentos segregacionistas se incomodam com essa unidade, não aceitam a ideia de dividir seus privilégios ou espaços.
Por isso tentou-se, nesta eleição, a divisão entre classes, entre raças e entre regiões.
Felizmente, venceu as ideias de unidade e não aquelas que separam.
E o Brasil continuará um só, cada vez mais beneficiando mais gente; cada vez mais unificado em seus benefícios.
Gostem ou não os separatistas, racistas e preconceituosos…