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A coragem de Sebastião Madeira…

Ao cortar o ponto dos professores em greve no município de Imperatriz, prefeito tocou na ferida de um assunto constrangedor para gestores: tomar atitudes antipáticas, que possam representar desgaste. Mas também expõe a indústria das greves, que ajudam categorias de vários profissionais a ter até quatro férias por ano

 

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Madeira: decisão difícil, mas acertada…

Ao tomar a decisão de cortar o ponto dos professores em greve no município de Imperatriz, o prefeito Sebastião Madeira (PSDB) fez um gesto que pode dar novos rumos ao debate sobre greve e direito de greve no Maranhão.

Os gestores públicos  são, em sua maioria, reféns de sindicatos e associações de servidores, que se utilizam do direito de greve  para pressionar por melhores salários – e muito poucas vezes, por melhores condições de trabalho.

Isso se repete nas esferas municipal, estadual e federal.

Ocorre que, os sindicatos não têm o controle do grosso de cada categoria, e muitos profissionais se aproveitam da decretação da greve para curtir a vida intensamente ou resolver problemas nos dias em que estão parados.

Poucos, muitos poucos, se mobilizam de fato, pelo movimento.

E a maior prejudicada é sempre a população, que fica sem o serviços necessários ao andamento do seu dia a dia.

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Professores em greve em Imperatriz

E foi bom que a decisão antipática – mas correta, diga-se – tenha sido tomada por um prefeito da oposição, ligado politicamente aos grupos que se fortalecem com a política sindical. Desta forma, ninguém poderá dizer que o blog está “defendendo seus patrões”, ou que o blog “defende os aliados políticos”.

A decisão de Madeira preservou o direito do cidadão à Educação, simplesmente, forçando os profissionais a retomar o trabalho.

No caso específico de Imperatriz, há casos de diretores de escolas, em greve, que passam dias nas praias de São Luís enquanto suas escolas anunciam no site do sindicatos que estão paradas em greve.

Muito provavelmente, foi por causa destes oportunistas que se aproveitam da paralisação, que o prefeito tomou a decisão – acertada, diga-se passagem – de cortar o ponto de todos e não pagar o salário de junho.

Madeira inaugurou um debate importante: ate que ponto os servidores estão usando as greves decretadas pelos seus sindicatos em proveito de suas reivindicações?

E este debate é que precisa ser discutido a partir de agora…

Marco Aurélio D'Eça

5 Comments

  1. A situação de Imperatriz pode não ser o que o blogueiro faz parecer. A greve é um direito e como tal deve ser exercitado. Se a greve extrapola cabe, então, à Justiça se manifestar. Pergunto, então, ao blogueiro: a greve foi julgada? Se foi, fica justificada a decisão do prefeito. Se não foi, o prefeito comete um crime ao cortar ponto e salário dos professores. Por fim não há dúvidas de que temos maus professores. Da mesma forma temos maus jornalistas, maus médicos (você esqueceu os peritos do INSS de Imperatriz que trabalham em hospitais particulares quando deveriam estar fazendo perícia), maus engenheiros e principalmente maus gestores (veja post no início do blog).

    Resp.: Mas os erros de nenhum destes garantem a vocês a justificação dos seus…É simples assim.

  2. Para o Patrão o maior problema da Greve é que ela vai alterar a forma de pensar de muitos trabalhadores que antes pensavam conforme o pensamento dominante. O Direito de ir Vir não pode ser maior do que o Direito de conquistar aumentos para melhor produzir e reproduzir a vida material do trabalhador e de seus filhos.
    Numa greve os patrões no máximo deixaram de ter 4 carros na garagem e passaram a ter três ou de viajar somente três vezes para Europa em vez de quatro, enquanto o trabalhador conquistará apenas uns quilos a mais de alimentos em suas cesta básica. Lamentável a atitude do blogueiro fazer apologia para o pior político da região tocantina. Lamentável!

  3. VOCÊ FALOU TUDO: A GREVE É UM DIREITO, SE ALGUMAS PESSOAS NÃO VÃO PARA O MOVIMENTO, PROBLEMAS DELES, NEM POR ISSO A GREVE DEIXA DE SER UM DIREITO.

  4. O prefeito Madeira fez a coisa certa, esses grevistas poderiam era ser substituído por quem quer trabalhar, os concursado que estão na reserva e nunca são chamados. Parabéns Prefeito.

  5. O que precisa ser efetivamente discutido é o fato dos gestores públicos não cumprirem a Constituição Federal – que prevê de forma expressa a recomposição anual dos salários (art. 37, inciso X).

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