– Diante da situação, o funcionário da central fez a proposta de criarmos um comprovante de residência falso para podermos conseguia a autorização. A família se reunião, dissemos não – revela a mulher identificada por Tereza de Paula Miranda, filha do home que tentou a operação.
A usuária conta que primeiro procurou em Teresina um atendimento particular, e só resolveu procurar o SUS depois que soube que a cirurgia custaria mais de R$ 80 mil na rede privada.
– Os médicos informaram que a mesma poderia ser feita pelos SUS; porém os mesmos não forneceram as GUIAS para marcação e nos encaminharam para a CENTRAL de marcação. Daí vem a surpresa, para se conseguir as Guias e as AUTORIZAÇÕES os supostos responsáveis (funcionários) nos pediram R$ 2.000,00. No anseio de resolvermos a situação aceitamos as condições – revela.
Ainda de acordo com o relato da mulher, a família passou todo o mês de julho do ano passado em uma pensão, pagando as quantias exigidas pelos funcionários da Central de Marcação de Consulta. Até ser informada de que o pai não poderia fazer a cirurgia pelo SUS da capital piauiense.
– Meu pai não poderia fazer a tal cirurgia lá não, pois não tinha comprovante de residência de lá e a Assistente Social da Central de Marcação, fez uma pesquisa e descobriu que ele era eleitor do Maranhão. Assim ele não poderia ser atendido lá. Diante da situação, o funcionário da central fez a proposta de criarmos um comprovante de residência falso para podermos conseguir a autorização. A família se reunião, dissemos não – disse ela.
Depois de toda a situação, a família resolveu se deslocar para São Luís.
Novos procedimentos foram feitos e constatados a necessidade de cirurgia. O paciente foi encaminhado para o Hospital Universitário, onde foi realizado o procedimento.
– No dia 31 de outubro foi feita a cirurgia dele, foi um sucesso. Já retornou à sua casa. Hoje ele diz para todos… que Teresina para ele é uma decepção, que tem gente tirando proveito da miséria alheia e que essas pessoas são bandidos….