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O fracasso dos secretários-candidatos…

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Fialho: apoios equivocados em 2012 e denúncias de corrupção o inviabilizaram eleitoralmente

Quando assumiu o seu governo em 2011, após vitória no primeiro turno das eleições de 2010, a governadora Roseana Sarney (PMDB) deixou claro que sua equipe seria montada, com raríssimas exceções, apenas por quem não tivesse interesse na disputa de 2014.

Após alguns meses, e por necessidade política, a própria Roseana levou alguns deputados para seu governo. Estes, obviamente, terão que deixar o cargo em abril do ano que vem para se preparar à reeleição.

Mas há um outro grupo de secretários no governo – com ou sem autorização de Roseana, não se sabe – que também pretende, ou pretendeu em algum momento, ser candidato a  deputado federal.

É um grupo que reúne personagens como Aluísio Mendes, da Segurança; Fábio Gondim, da Administração; Cláudio Azevedo, da Agricultura; Cláudio Trinchão, da Fazenda, e Fernando Fialho, do Desenvolvimento Social.

Gente sem nenhum tipo de experiência eleitoral,que, mordido pela mosca azul, pensou que poderia se aventurar nos intrincados jogos de caça ao voto – jogo este que, além de carisma e traquejo político, precisa de recursos e estrutura partidária.

Por isso é que o grupo fracassou em seu intento.

Aluísio Mendes já teve que negar por diversas vezes o interesse na disputa, antes mesmo de se anunciar como candidato. O mesmo ocorreu com Fábio Gondim, que parece ter preferido matar a mosca azul antes que ela desse cria.

Cláudio Azevedo chegou a se movimentar como político nas eleições de 2012, quando tentou emplacar a mulher prefeita de Tuntum. A derrota parece ter arrefecido os ânimos para novos embates eleitorais.

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Trinchão: à frente do PSD, já começa enfraquecido pelo esvaziamento partidário

Fracasso maior, no entanto, experimentaram – em maior ou menor grau – Fernando Fialho e Cláudio Trinchão.

O primeiro chegou a ser apontado como ícone da renovação do grupo Sarney. Mas sua aventura eleitoral em 2012 mostrou-se absolutamente equivocada, sobretudo quando apostou em candidatos a prefeito e a vereador – em São Luís e no interior – tão ruim de votos quanto ele próprio de carisma.

Resultado: não conseguiu formar nem uma mínima base para sua aventura em 2014.

Pior, foi derrubado em pleno voo, acossado por denúncias de desvios de recursos em sua pasta.

O outro ousado foi Cláudio Trinchão, que surgiu como candidato de uma hora para outra, assim do nada, já pontificando como líder de um partido recém-criado, o PSD.

Mas parecia que Trinchão, dentre todos os secretários-candidatos, seria o único a superar a primeira etapa,  a da exposição pública como opção eleitoral.

A primeira derrota aconteceu esta semana, com o recuo do deputado estadual Afonso Manoel, que voltou ao PMDB sob ameaça de perder o mandato, por ter trocado o partido pelo comando do PSD – em troca, claro, do apoio dele e da mulher à aventura eleitoral de Trinchão.

Mas o secretário de Fazenda tem mais um teste de fogo esta semana.

Quatro dos cinco deputados da legenda – Alexandre Almeida, André Fufuca, Camilo Figueiredo e Doutor Pádua – ameaçam deixar o PSD, por falta de confiança na capacidade eleitoral.

Trinchão tem cinco dias para provar capacidade política e evitar o esvaziamento do partido que assumiu com o objetivo de fortalecê-lo.

Caso contrário, só estará provando, como seus colegas de governo, que não é mesmo do ramo…

Marco Aurélio D'Eça

6 Comments

  1. Esse Trinchao não elegeu ninguém só jogando o dinheiro do contribuinte fora acorda gonvernadora

  2. Concordo com você Marco, cada secretaria a serviço de uma candidatura proporcional, e governo todo a serviço do Luis Fernando!

  3. Se o Fernando Fialho tiver as mesmas qualidades das obras da Construtora Meta, aí é melhor esquecer…

  4. Isso mostram que na política não há inocentes ou amadores, ao mesmo tempo em que nenhum candidato disputa uma eleição com o objetivo de defender os interesses da sociedade. De cada cem políticos que batem no peito antes de declamar retidão e lisura, pelo menos 98 tem uma telha de vidro no telhado. uma campanha à Câmara dos Deputados com chance de sucesso, por um partido considerado médio em estado do Nordeste, não sai por menos de R$ 50 por voto. Ou seja, quem se elege com 150 mil votos desembolsa R$ 9 milhões em três meses de campanha, para receber em quatro anos de mandato o total de R$ 1,4 milhão em salários. Em suma, a conta não fecha nem mesmo com excesso de boa vontade. O quadro é ilustrativo, como no Maranhão se elege com menos de 150 mil votos os cálculos é o mesmo em termos propocionais.

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