Não adianta os adversários reclamarem e nem os aliados quererem minimizar a história. O fato é que o novo prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), é crente nascido e criado no evangelho e não suporta o Carnaval.
E é só a partir deste fato que se pode analisar sua decisão de não investir na Passarela do Samba, não ficar em São Luís durante o período momesco e sequer passar a chave da cidade ao Rei Momo e sua corte.
O prefeito de São Luís pode seguir a fé que quiser. Só não pode deixar que esta fé interfira em suas ações de governo.
A população de São Luís não elegeu Holandinha por que ele é crente, mas por que se mostrava melhor opção que João Castelo (PSDB). E isto tem que ficar claro.
Como prefeito de toda São Luís ele tem obrigação de administrar sem os olhos do proselitismo religioso – estejam ou não estes valores arraigados em sua formação.
A determinação para que o vice-prefeito Roberto Rocha (PSB) entregasse a chave da cidade ao Rei Momo é um desrespeito com a cidade.
Não que o vice não esteja apto à ação, mas por que isso deveria ser uma gentileza do prefeito – que não o levaria ao inferno de jeito algum.O prefeito tem que saber separar as coisas, esteja ou não inapto à vida social por causa da relação de fé desde a infância.
Como gestor, ele tem obrigação de participar destes atos simbólicos, goste ou não.
Mas o fato é que o prefeito de São Luís é um crente nascido e criado no evangelho.
E como tal não gosta de Carnaval, de São João, de Semana Santa.
E será assim nos próximos quatro anos…