Os principais comitês eleitorais tiveram intensa movimentação, ontem, com o resultado das pesquisas tracking sobre a sucessão em São Luís.
Os tracking são pesquisas realizadas diariamente, por telefone, com base nos mesmos critérios de estratificação social e geográficas usados pelas pesquisas tradicionais.
É uma espécie de monitoramento do eleitorado. (entenda aqui)
Segundo apurou o blog, o tracking de ontem – cujos resultados chegaram a todos os comitês como rastilho de pólvora – apontou uma queda na intenção de votos de Holanda Júnior (PTC) acima da margem de erro tradicional, de 3 pontos percentuais.
Para analistas das campanhas de João Castelo (PSDB), Washington Luiz (PT) e Tadeu Palácio (PP), o número – que poderá ou não se confirmar nas próximas pesquisas de campo – é resultado direto da maior exposição do candidato proto-comunista.
Holanda, que vinha surfando na onda do novo, cresceu sem interferência dos adversários. Mas passou a ser confrontado com alguns fatos de sua carreira política que estavam ocultos, o que pode ter assustado o eleitor.
Suas relações com políticos de imagem arranhada, a votação no salário mínimo menor, a postura diante da CPI do Cachoeira e a repetição de velhos chavões de mudança podem ter despertado desconfiança no eleitorado.
O tracking apontou também leve queda de Castelo – que confirma sua tendência de estagnação – e crescimento também pequeno de Tadeu Palácio e de Washington.
Os números do tracking são analisados diariamente pelos comitês e servem para corrigir ou acentuar rumos de campanha.
Mas eles apontam também a tendência do eleitor, e podem se confirmar nas pesquisas tradicionais, como já mostrou este blog, no texto “1º turno ainda é real, mas agora com Holandinha…”.
De uma forma ou de outra, os tracking agitaram os comitês na quarta-feira…