O deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC) é hoje o mais provável adversário do prefeito João Castelo (PSDB) em um eventual segundo turno das eleições de São Luís.
Mas a sua postura submissa aos interesses do padrinho, Flávio Dino (PCdoB), pode tirar-lhe votos importantes.
O programa de estréia de Holanda Júnior abusou da presença de Dino, que se confundiu com o próprio candidato. A edição do programa deu a impressão de que os dois estavam no mesmo ambiente, com o comunista testificando tudo o que o candidato dizia, como se fosse um avalizador do seu nome.
A presença de Dino é importante para a campanha de Holandinha, mas não pode suplantar a imagem do próprio candidato. O risco de isso acontecer é ainda maior pelo fato de a equipe de marketing – importada da Bahia – estar atrelada aos intereses políticos do comunista desde 2008.
É só comparar com a campanha de Washington para perceber o exagero da submissão holandista a Flávio Dino.
Washington tem o apoio de Lula, de Dilma e de Roseana Sarney, mas a presença dos três em seu programa é isolada, cada um com sua fala pessoal.
Detalhe: para Washington crescer, necessita mesmo da intervenção lulo-roseanista; Holandinha, por sua vez, deu mostras, até aora, de que tem seu próprio cabedal de votos, independentemente da presença dinista, que só o submete.
No programa de estréia, Dino estava no mesmo ambiente de Holanda, sempre falando depois dele, numa espécie de chancela daquilo que o rapaz dizia.
Pareceu que Holanbda Júnior só “se cria” na presença do padrinho.
E isto afasta o eleitor, sinceramente…