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Número de gestores com contas irregulares aumentou mais de 100% em quatro anos…

Presidente do TCE entrega lista com inadimplentes ao comando do TRE

Nem a forte pressão da Justiça, dos órgãos de controle e da sociedade civil por gestões públicas de melhor qualidade parece ter adiantado.

O número de gestores com contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado aumentou mais de 100% entre 2008 e 2012.

Nas eleições municipais passadas, o TCE encontrou cerca de 1,2 mil gestores com contas problemáticas – muitos dos quais ficaram fora do pleito.

Este ano, o número mais que dobrou, chegando a 2,8 mil, entre prefeitos e presidentes de câmaras.

Estes gestores poderão ficar impedidos de disputar as eleições de outubro.

Sem dúvida, pelo menos um castigo pela irresponsabilidade…

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Relações perigosas…

Página do facebook de Júnior Bolinha

Quem frequentar as páginas de Facebook e do Twitter de alguns dos acusados pela morte do jornalista Décio Sá vai ver uma estranha coincidência nas relações deste pessoal com pessoas influentes da sociedade maranhense.

O perfil de Júnior Bolinha, por exemplo, tem apenas seis “amigos” (pessoas que se relacionam entre si pela rede social). Entre estes “amigos” estão os deputados estaduais Raimundo Cutrim (PSD) e Hemetério Weba (PV).

Já o perfil de Fábio Aurélio, o Buchecha, tem até um album de fotos dedicado exclusivamente ao casamento de uma das filhas de Weba, em que o próprio Buchecha aparece como feliz comensal. (Veja aqui)

Estas informações foram cruzadas pela polícia, que as relaciona com ligações telefônicas feitas por Gláucio Alencar e seu pai, José Miranda.

Os carros apreendidos pela quadrilha também guardam esta relação perigosa.

A presença de autoridades como “amigos” em redes sociais de pessoas com perfil não-recomendável, a princípio não quer dizer nada.

Mesmo por que, qualquer um pode solicitar “amizade” no face e, em alguns casos, a pessoa – ou sua assesssoria – acaba aprovando esta solicitação até de forma mecânica.

Outro detalhe curioso: Jonathan de Souza, o executor de Décio Sá, responde a dois processos nas instâncias superiores da Justiça. Seu advogado nestes casos é o ex-deputado estadual Franklin Seba, da região de Santa Inês.

Seba compôs o grupo de advogados que, em 1999, defendeu o ex-colega José Gerardo de Abreu na CPI do Crime Organizado. Naquela ocasião Weba também figurou como investigado.

Vale repetir que esta relação entre essas pessoas – a princípio – não quer dizer nada.

Mas não deixa de ser informações importantes para uma investigação que se pretende chegar a crimes graves, como agiotagem, extorsão e assassinatos – e à suposta rede de proteção que esta quadrilha mantinha no Maranhão.

Uma relação perigosa por si só…

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A provocação já começou…

A charge eletrônica está na internet, distribuída por castelistas

Como já era de se esperar, a forte dependência política que o candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) tem demonstrado em relação ao comunista Flávio Dino, tem gerado provocações de toda sorte, sobretudo na internet.

Já começam a circular em sites e perfis nas redes sociais imagens caricatas que mostram Júnior como uma espécie de “filhote” de Dino.

A referência crítica tem sido cada vez maior, à medida que o deputado do PTC se manifesta publicamente – inseguro, sem conteúdo claro e fortemente atrelado a Dino.

Esta foi a primeira charge com críticas à relação Flávio/Edivaldo

Outra imagem, mais antiga, já foi publicada no blog de Décio Sá.

Mostra Júnior como uma espécie de “mamulengo” manipulado por Flávio Dino.

Nas redes sociais, as críticas ao candidato dinista partem dos castelistas.

Curiosamente, são os mesmos com os quais os Holandas, pai e filho,  trocavam informações para atacar o mesmo Flávio Dino, em 2008.

O feitiço, agora, parece querer se voltar contra o feiticeiro…

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E os carros? Pertencem a quem???

A polícia apreendeu três carros na casa que servia de esconderijo para o assassino do jornalista Décio Sá, na região do Turu.

São dois automóveis er uma caminhonete.

Desde ontem, várias especulações sobre a propriedade dos veículos começaram a surgir nos meios jornalísticos.

A caminhonete, por exemplo, tem relação com as amizades que Júnior Bolinha e Buchecha mantinham com gente de poder no Maranhão.

Relação que eles faziam questão de exibir nos perfis que mantinham nas redes sociais, como Facebook e Twitter.

Os delegados não divulgaram nomes dos proprietários dos carros, mas deixaram claro que as investigações continuarão.

E mais surpresas devem vir por aí…

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Quem é quem na quadrilha…

Miranda e Gláucio: pai e filho

José de Alencar Miranda: De acordo com a polícia, foi quem, juntamente com seu filho, Gláucio Alencar Pontes, viabilizaram os R$ 100 mil para a morte de Décio Sá.

Gláucio Alencar Miranda: É um dos homens mais ricos do Maranhão, fortuina acumulada com agiotagem e negociações de fornecimento de merenda a prefeituras. Foi convencido por Júnior Bolinha a eliminar Décio.

Bolinha: em Stª Inês, um próspero empresário

Júnior Bolinha: conhecido em Satna Inês como empresário, odiava Décio Sá, desde que o jornalista o denunciou por roubo de um trator, o que levou à perda da representação da Coca Cola na região.

Buchecha: o faz-tudo de Bolinha

Buchecha: Faz-tudo de Bolinha. Operacionalizaou o aluguel da casa no Parque Vitória, onde ficaram hsopedados os dois pistoleiros do Pará.

O assassino Jhonatan

Jhonatan de Souza: O assassino do jornalista. Foi trazido do Pará para a execução. Seguiu Décio por dois dias, até decidir agir, no bar Estrela do Mar.

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Polícia quer chegar a protetores de agiotas…

A Secretaria de Segurança Pública vai continuar as investigações da morte do jornalista Décio Sá, mesmo depois da prisão do executor e dos mandantes.

O objetivo agora é chegar à rede de proteção da quadrilha composta pelos agiotas que encomendaram o assassinato do jornalista.

– A investigação está muito adiantada – garantiu o secretário Aluísio Mendes.

A polícia garante que os agiotas contavam com uma rede de proteção que lhe garantia a certeza da impunidade. Por isso promoviam a extorsão e a execução de vítimas para garantir a atividade de agiotagem.

– Essa quadrilha mantinha empresas, mas a atividade principal era a agiotagem. E para isso, achavam que tinham impunidade – disse o delegado-geral adjunto Marcos Afonso.

A segunda fase da investigação é descobrir onde está instalada esta rede de proteção.

E para isso, as investigações continuarão sob sigilo…

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Havia mais seis na lista de execução…

O secretário de Seurança Pública, Aluísio Mendes, revelou agora há pouco que a quadrilha responsável pela execução do jornalista Décio Sá tinha uma lista com outras seis possíveis vítimas.

Ele não revelou nomes, mas deixou claro haver “inclusive um ambientalista”  entre as pessoas marcadas para morrer.

O próprio Júnior Bolinha, intermediador da contratação do pistoleiro Jhonatan, estava na alça de mira do crime. O matador iria executá-lo no último domingo, por causa do restante da dívida pela morte de Décio.

– Ele acertou R$ 100 mil e só repassou efetivamente R$ 20 mil ao matador – contou Aluísio Mendes.

Bolinha só não foi morto por Jhonatan por que foi capturado antes pela polícia…

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Desembargadora consegue transformar decisão absurda a favor de Hemetério Weba em algo mais absurdo ainda…

Hemetério, claro, é só felicidade...

O que já era uma decisão absurda tomada por um membro do Tribunal de Justiça do Maranhão, tornou-se ontem ainda pior .

A desembargadora Maria das Graças Duarte decidiu estender o efeito suspensivo dado pela colega Raimunda Bezerra a um recurso do deputado cassado Hemetério Weba (PV) em uma ação que nem admitiria mais recurso.

Trata-se da declaração de perda dos direitos políticos – com consequente extinção do mandato eleitoral – proferida contra o parlamentar e com decisão já transitada em julgado por perda de prazo.

Mesmo sem direito a mais recursos, Weba encontrou, em novembro do ano passado, uma forma de convencer Raimunda Bezerra a mantê-lo no cargo. Ela cassou os efeitos da sentença já transitada – algo inédito -, mas só até que o próprio Weba protocolasse uma Ação Rescisória. 

Esta Ação Rescisória foi protocolada dias depois, o que levaria à declaração automática da perda do mandato, o que não ocorreu.

Agora, sete meses depois, Maria das Graças Duarte decide estender o efeito suspensivo – mantendo o deputado no mandato – até que a Rescisória seja julgado.

E sabe-se lá quando a ação será julgada no TJ.

Coisas da justiça maranhense…

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Agiotagem envolve diversas prefeituras…

Entre documentos e provas apreendidas pela polícia na captura dos mandantes e envolvidos na morte do jornalista Décio Sá estão diversos talões de cheques de prefeituras maranhenses.

A atividade empresarial dos agiotas – venda de merenda e medicamentos – é apenas fachada para a atividade principal: investir em campanhas eleitorais. O dinheiro é pago com recursos públicos, quando o candidato eventualmente eleito assume a  prefeitura – sob a falsa justificativa de compra de merenda.

Gláucio Pontes, seu pai, Miranda, e Júnior Bolinha – três dos capturados hoje – controlavam, assim, diversas prefeituras maranhenses, muitas delas denunciadas por Décio Sá em seu blog.

Para garantir tranquilidade à atividade ilegal, os agiotas compram membros do Judiciário e policiais, como, segundo as investigações, o capitão Fábio Capita. Estes policiais são responsáveis pela intimidação e eliminação de eventuais devedores.

É de Fábio Capita a arma que matou Décio Sá.

A elucidação da morte de Décio Sá levará à investigações sobre esses outros crimes.

Como boa parte deles é de âmbito federal, provalvemente a Polícia Federal entrará no caso…

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A importância de Valdêmio para as investigações…

Valdêmio: morto em queima-de-arquivo

Assassinado ontem, o quadrilheiro Valdêmio José Silva, passou informações preciosas à polícia sobre o assassinato do jornalista Décio Sá.

Embora tenha negado participação efetiva na trama para matar Décio, o criminoso forneceu dados que, cruzados, levaram á linha-mestra de investigação.

Foi a partir de Valdêmio que os investigadores restringiram o lastro da caça ao executor ao estado do Pará.

E a partir dele foram feitas as ligações entre o assassinato de Fábio Brasil e o de Décio Sá.

A execução de Valdêmio mostra que a quadrilha responsável pelo assasinato de Décio Sá tem tentáculos em todos os setores da sociedade.

Como, provavelmente, recebiam informações da sua delação, os mandantes o eliminaram em uma tentativa de queima de arquivo.

Mas já era tarde. O executor já estava capturado desde a semana passada – e não teve como negar a trama para matar Décio Sá.

Agora, todos estão atrás das grades…