O Governo do Estado também não se pronunciou sobre as declarações do parlamentar, membro de sua base e ex-secretário de Segurança deste mesmo governo.
Sobre Aluísio, Cutrim disse tratar-se de um “moleque travestido de secretário”.
A acusação ao governo se dá quando o parlamentar diz que o depoimento de Jhonatan de Souza – acusando-o de ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá – fora manipulado na secretaria.
É uma acusação a um dos auxiliares do governo, portanto, uma acusação ao próprio governo.
Na verdade, as acusações de Cutrim mereceriam, no mínimo, um contraponto de algum membro do governo na Assembleia. Mas a bancada governista ficou inerte, como que se concordasse com o colega deputado.
À exceção da deputada Graça Paz (PDT) – a única que, corretamente, ponderou com Cutrim, defendendo o trabalho da imprensa e pedindo cautela em relação às acusações à polícia – nenhum parlamentar disse absolutamnte nada que se contrapusesse ao deputado do PSD.
Aliás, Aluísio tem sido acusado em várias frentes.
Suspeita-se, por exemplo, que a polícia agiu açodadamente ao prender o capitão Fábio Aurélio Capita com base apenas em um depoimento – e poderá soltá-lo, num mico que custará caríssimo ao cofres públicos. Também suspeita-se de proteção a setores da polícia em relação a desvio de armas e envolvimento de policiais com os criminosos do caso Décio.
Sobre Aluísio pesa também a acusação de que ele patrocine vazamentos dirigidos de depoimentos.
E o próprio Cutrim chama de armação do “moleque travestido de secretário” a acusação feita pelo assassino Jhonatan de Souza.
Mas Aluísio Mendes permanece em silêncio.
E quem cala, consente…