O presidente da Comissão de Obras da Assembleia Legislativa, deputado Carlinhos Amorim (PDT), explicou ao blog as circunstâncias da visita de representantes da Infraero à Casa, na última terça-feira.
Os diretores da Infraero, entre eles um representante nacional, estiveram na Assembléia no final da tarde, sem comunicar a ninguém, exatamente um dia depois da audiência com os diretores da EP Engenharia, que realiza a reforma do Aeroporto de São Luís.
– Eu realmente fui surpreendido pela visita deles. E não comuniquei aos colegas por que já estava no final do expediente. Achei por bem levá-los ao gabinete do presidente Arnaldo Melo (PMDB) – contou Amorim.
O próprio parlamentar reconheceu que a visita tinha a ver com o depoimento dos diretores da EP Engenharia.
– Mas tudo indica que eles vieram por conta da audiência – disse Amorim.
No relatório entregue à Comissão de Obras e lido por Eduardo Braide (PMN) na tribuna da Assembleia, a EP Engenharia prova, com documentos, ter sido a própria Infraero a responsável pelos atrasos sistemáticos.
A Carlinhos Amorim, os diretores da Infraero garantiram a data de 26 de maio como definitiva para a entrega da obra.
Estranhamente, no entanto, após a audiência com a EP Engenharia, iniciou-se uma espécie de “operação abafa” nos meios políticos a favor da Infraero.
A “turma-do-deixa-disso” tem pedido a deputados – e até jornalistas – para minimizar a história do aeroporto.
Mas essa é uma outra história…
Caro Marco, a história se repete e já aconteceu comigo de forma semelhante com outro órgão público federal. Agora a história é com a INFRAERO.
A história é sempre assim, ocorre um problema de execução e o poder público culpa o setor privado pelo problema, mas a empresa, quase sempre séria, consegue mostrar e provar a verdade da culpabilidade que geralmente está no poder público que tenta se esquivar da responsabilidade com receio do escândalo e aí começa o abafa porque tem dedo de político no meio da ferida, por isso correram para a Assembléia Legislativa do Estado. Mas é fácil descobrir os responsáveis, basta observar a qual partido pertence a pasta e a localização da obra.
É simples assim.