São estruturas como esta que geram declarações de arrogância e truculência de rebentos encastelados. “Nossa família decidiu…”, diz um deles, em clara resposta ao “Ele vem pro meu lugar…”, afirmado por outra.
E nos jornais se vê que família tal disputará com família qual em Codó, por exemplo. Em outras, como Caxias, mais reprodução de guerras familiares por um poder que jamais alcança o povo.
Quem não tem filhos, ou eles não se demonstram aptos para a herança, reproduz o modelo com sobrinhos, como os Tavares e os Cafeteira.
E até a esquerda oposicionista já caiu no vício da capitania hereditária.
No PDT, o Lago-filho substitui o Lago-pai, como que vindo da “Europa civilizada” – onde passou a vida – para assumir o trono no reinado constituído com objetivo único de confrontar o outro reinado mais antigo.
O modelo perpassa as instituições e se instala no Judiciário.
Parentes de desembargadores e juízes dominam as salas de tribunais e os escritórios de advocacia, controlando o Direito e decidindo futuro de causas e questões.
Enquanto isso, os Silva comuns penam em hospitais carcomidos em busca de um auxílio médico que lhe alivie a dor; ou se perdem em delegacias subhumanas em busca de um cadinho de Justiça e paz.
E assim o Maranhão vai seguindo a sua sina, sob o signo de uma mentira incrustrada no solo fértil da região Norte.
Onde o direito de sorrir só é garantido aos sobrenomes.
Como presente de pai para filho…