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Direito de greve e diferenças entre trabalhadores…

O Sindicato dos Motoristas pode levar a categoria a uma demissão em massa.

Com a decretação da ilegalidade da greve pelo TRT, as empresas ficam livres para contratar novos trabalhadores, caso os grevistas não retornem imediatamente aos seus postos.

O risco para os motoristas não é o mesmo que tinham, por exemplo, os professores.

Servidores públicos – boa parte deles com estabilidade garantida – os professores têm a prerrogativa de, exatamente por causa destas garantias,  negociar faltas, discutir punições e exigir posturas dos seus empregadores.

Com os motoristas, não.

Trabalhadores regidos pelo sistema da CLT, eles têm como única garantia de seus direitos exatamente a Justiça do Trabalho.

E é a ela que deveriam recorrer em caso de supressão destes direitos – inclusive a negação de reajustes legais e periódicos.

Mas foi a Justiça do Trabalho que se posicionou em relação a greve.

E não foi a favor dos trabalhadores…

Marco Aurélio D'Eça

3 Comments

  1. Estou reescrevendo o comentário já que o primeiro não foi publicado, vá entender!
    Acho a mídia maranhense totalmente descompromissada com a imparcialidade da análise dos fatos. Repassar notícias e mostrar imagens servem apenas como meros registros de uma situação. Nenhum meio de comunicação em nenhum momento desta greve teve a sensatez de chamar um dono de empresa de ônibus, um motorista e um passageiro para ouvir os lados envolvidos e mostrar a verdade para a população. Talvez não seja conveniente para… Sabe-se lá para quem. Para os passageiros e para os motoristas é que não é. Esses querem ser ouvidos. Mas falta espaço. Falta espaço para o motorista esclarecer para a população que é do seu mísero salário que sai o conserto das peças dos ônibus que transitam por nossas ruas “perfeitas”, também é do seu salário que sai a vela que sua família compra para pedir a Deus que ele não morra no próximo assalto, que não seja ele o próximo a ser assaltado (são dois por semana), ah!Também é do salário dele que é descontado em suaves parcelas o valor levado no assalto. Aí eles param. E a população? As pessoas que precisam ir e vir? Essas que normalmente são esmagadas, literalmente, na fila da integração, essas que num dia normal andam penduradas nas portas dos ônibus sujos e velhos e ainda assim lotados (visto que quem não tem outra opção…), essas pessoas miram no motorista o desespero de uma realidade caótica. É o motorista do coletivo que vai ao seu trajeto sendo xingado, humilhado, muitas vezes ameaçado (exercem uma das profissões sabidamente mais estressantes) é esse motorista que tem que aceitar que o empresário se esconda na necessidade maior dos trabalhadores que é chegar ao seu local de trabalho. Você dono da Taguatur, proprietário da São Benedito, da 1001 e de outras empresas, mostre sua cara, venha para televisão, negocie com seus funcionários com honestidade. Ou ao menos permita que as pessoas mais atingidas tenham outras opções além do serviço precário que vocês prestam. Deixem o transporte alternativo se estabelecer. Mas não… Isso certamente dá a população o direito de escolher e nos contratos obscuros de concessão renovados anos após anos não há espaço para beneficiar nada além das contas dos interessados.

  2. Queria deixar uma sugestao aqui: Os motoristas de onibus deveriam fazer essa greve de outra forma; em vez de nao “rodarem” (prejudicando a população, que nao tem culpa dos salarios), deveriam “rodar” de GRAÇA. Nao cobrando as passagens.
    Querem prejudicar alguem? Prejudiquem os donos das empresas e nao a população!!!!!
    Transporte gratis durante a grave!!!!!

  3. Mas todos sabem que essa greve implicará aumento de passagem e isso agrada aos empresarios.Sendo asim……

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