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Duas faces da lista fechada…

Do Blog de Ed Wilson Araújo

Na reforma política em curso no Congresso Nacional, uma das propostas que ganham força é o voto em lista fechada. Por essa modalidade, o eleitor vota no partido, mediante uma lista de candidatos. 

A pergunta é: quem faz a lista? No atual espectro partidário brasileiro, o voto em lista vai favorecer o coronelismo nas legendas, ou seja, o controle das listas será feito pelas cúpulas partidárias. 

Nos grotões do Brasil, incluindo o Maranhão, o voto em lista pode ser um retrocesso aos velhos tempos da UDN (União Democrática Nacional), quando eleição era decidida na chibata dos fazendeiros. 

Imagine você a elaboração de uma lista no PT do Maranhão, por exemplo, onde nem as decisões de congressos e plenárias são respeitadas… 

Por outro lado, o voto em lista fortaleceria a idéia do partido, daria consistência ideológica às legendas e fortaleceria a organização institucional das agremiações. 

Tudo assim mesmo, no futuro do pretérito, porque essas possibilidades são muito remotas.

Marco Aurélio D'Eça

3 Comments

  1. No Brasil é assim mesmo. Vão buscar coisas de paises desenvolvidos, onde o povo tem a educação escolar para assimilar o que é bom para o bem estar de todos. Aquí não temos o país preparado para entender o sistema de lista fechada. O negócio é quem tem dinheiro para investir no eleitor.
    Um grande início de depurar o sistema eleitoral seria o “FICHA LIMPA” mas deu no que deu…e pronto.
    Viva a corrupção…o honesto é bôbo…é palhaço!

  2. Eu me questionava exatamente nessa linha. O que ocorreria com a vontade do eleitor que não poderia votar em uma pessoa que ele acreditasse probo, se seu preferido não estivesse na lista dos “escolhidos” pelos cardeais do partido?.Para ser ungido o candidato deveria receber as bênçãos do capo maior. Sabemos que em nosso país a política é tratada como patrimônio , passando degeração a geração. Temos casos de, pai,e filho e neto em mandatos diversos ao mesmo tempo. Já pessou se todos se agruparem na mesma sigla: não votaremos em homens ou partidos, mas em “famiglias”.

  3. Faltou dizer que o PT ou de qualquer outro partido ou ajuntamento como os que temos aos montes espalhados por esse Estado e este País de meu deus. A lista do PMDB então nem se fala, não é? Ainda mais agora com tantos “cristãos novos” querendo fazer parte daquela grande “família”.
    Uma coisa você tem toda razão: o zé povão, mais uma vez vai assistir a tudo de camarote alheio a todo e sem o direito de escolha asseguarado.

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